Milho: Preços refletem avanço no plantio nos EUA e recuam em Chicago
Os futuros do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) operam do lado negativo da tabela na sessão desta terça-feira (6). Por volta das 9h40 (horário de Brasília), os principais contratos registravam perdas entre 3,25 e 4,25 pontos. O vencimento julho/14 era negociado a US$ 5,03 por bushel.
O mercado reflete o avanço no plantio da safra norte-americana e realiza lucros após os ganhos expressivos do último pregão. De acordo com o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), até o último dia 1º de maio, a semeadura evoluiu para 29% da área projetada, na última semana o percentual era de 19%. A média dos últimos cinco anos é de 42%.
Segundo informou a agência internacional Bloomberg nesta terça-feira, para os próximos dias, o clima deve registrar temperaturas mais elevadas e as chuvas serão limitadas no Oeste dos EUA. A expectativa é que essas condições favoráveis possam contribuir para a evolução no cultivo do milho no país. E, apesar dos fundamentos positivos ao mercado do cereal, o principal fator de influência nas cotações tem sido as previsões de clima para os EUA.
Veja como fechou o mercado nesta segunda-feira:
Milho: Preocupação com o clima nos EUA e demanda aquecida garantem mais um dia de alta em Chicago
Nesta segunda-feira (5), as cotações futuras do milho negociadas na Bolsa de Chicago (CBOT) terminaram o pregão do lado positivo da tabela. Ao longo das negociações, as cotações buscaram uma recuperação das perdas registradas na última semana e fecharam o dia com altas entre 6,00 e 9,25 pontos. O contrato julho/14 era negociado a US$ 5,08 por bushel.
O principal fator de suporte aos preços da commodity foram as previsões de novas chuvas para o cinturão produtor norte-americano, durante essa semana. De acordo com o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, o clima no país pode comprometer o avanço do plantio da safra 2014/15. Cerca de 19% da área estimada já havia sido cultivada até o dia 27 de abril.
"E estamos com quinze dias para fechar a janela ideal de plantio no país. Começamos a semana com boas notícias para o mercado de milho", afirma o consultor.
Por outro lado, os números de exportações do cereal dos EUA vieram fortes nesta segunda-feira. Até o dia 1º de maio, os embarques semanais de milho somaram 1.239,41 milhão de toneladas, contra 1.156,33 milhão de toneladas, reportadas anteriormente.
No total acumulado no ano safra, 29.232,13 milhões de toneladas já foram embarcadas. No mesmo período do ano passado, o volume era de 12.420,93 milhões de toneladas. As informações foram divulgadas pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos).
Além disso, agências internacionais divulgaram nesta segunda-feira, que a produção de milho da Ucrânia deverá apresentar uma queda severa, de 5,9 milhões de toneladas, totalizando 25 milhões de toneladas nesta safra. Situação decorrente da redução nos investimentos por parte dos produtores do país, devido aos altos preços dos fertilizantes.
Também é preciso ressaltar que boa parte dos fertilizantes usados no país são importados de países, como a Rússia e China. Assim como, cerca de 50% das sementes utilizadas para fazer a safra. As exportações de milho da Ucrânia devem apresentar uma redução de 3 milhões de toneladas, somando 17,4 milhões de toneladas.