Empresa suspeita será notificada sobre petróleo no Nordeste via Interpol, diz delegado da PF

Publicado em 04/11/2019 15:28

Por Gabriel Ponte

BRASÍLIA (Reuters) - A empresa suspeita de ser a responsável pelo despejo de petróleo no litoral brasileiro será ainda notificada via Interpol para que possa se manifestar sobre as investigações a respeito do tema, afirmou nesta segunda-feira o delegado Franco Perazzoni, da Polícia Federal.

Uma operação da Polícia Federal e do Ministério Público Federal apontou na semana passada o navio grego Bouboulina, de propriedade da Delta Tankers, como o mais provável responsável pelo derramamento. A empresa, entretanto, nega responsabilidades.

Segundo o delegado, na primeira fase da investigação, de caráter sigiloso, a empresa não foi contactada.

"Nesse primeiro momento, reunimos todos elementos possíveis sem qualquer alerta ao investigado", disse Perazzoni, ao participar de coletiva de imprensa em Brasília.

"A empresa vai ser notificada agora, já fizemos pedido via Interpol, vai tomar conhecimento do teor integral da investigação, vai ser solicitada, via Interpol, a apresentar documentos que ela alega ter. Vamos reunir elementos e avaliar", concluiu.

O navio, segundo as investigações, teria sido abastecido no Porto de José, na Venezuela, e zarpado no dia 18 de julho com destino à Malásia.

Mais cedo, também durante a coletiva, o ministro da Defesa, Fernando Azevedo, afirmou que não se sabe ainda a quantidade derramada do que está por vir.

Fonte: Reuters

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Setor agrícola pode contribuir para o mercado de ativos ambientais, dizem debatedores
Expocacer é a primeira cooperativa de café do Brasil a conquistar o Selo Ouro de inventário de carbono
Marco Legal do Hidrogênio é importante para destravar investimentos, mas precisará ser aperfeiçoado pela ANP, diz especialista
Ibracon promove ESG Double Week entre 26/08 e 05/09
Câmara aprova Programa de Desenvolvimento do Hidrogênio de Baixa Emissão de Carbono
Mercado voluntário de carbono no Brasil foi 10 vezes menor no ano passado ante 2021, segundo Observatório de Bioeconomia da FGV