Polícia britânica já prendeu 750 ativistas ambientais (Reuters)

Publicado em 21/04/2019 07:49

LONDRES (Reuters) - Mais de 750 ativistas contra mudanças climáticas que bloquearam as vias em torno de alguns dos principais pontos turísticos de Londres foram presos nos últimos seis dias, disse a polícia neste sábado, número maior que os 682 divulgados na sexta-feira.

Os protestos, organizados pelo grupo de combate às mudanças climáticas Extinction Rebellion, vêm há dias interrompendo o tráfego na região central de Londres, incluindo em torno do Arco de Mármore e da Ponte de Waterloo.

Os ativistas também bloquearam o bairro comercial de Oxford Circus, mas as vias foram depois liberadas pela polícia.

O Extinction Rebellion convocou uma onda de desobediência civil não violenta para forçar o governo britânico a reduzir para zero, até 2025, a taxa de emissão de gases do efeito estufa, para enfrentar o que chama de crise climática global.

Vinte e oito dos presos foram processados, disse a polícia de Londres em comunicado.

A comissária de polícia Cressida Dick disse ao canal BBC News que os protestos provocaram "péssimas interrupções". Ela disse haver agora 1.500 policiais ativos na liberação de vias, ante os mil mobilizados anteriormente.

 
Na Ponte de Waterloo, que liga o sul ao centro de Londres, a polícia retirou cartazes e outros objetos que obstruíam a via. Mas a área continua repleta de ativistas. A polícia reiterou que os protestos podem continuar somente no Arco de Mármore.
 

Mais de 100 pessoas são presas em protesto dos coletes amarelos em Paris (Ag Brasil)

Pelo 23º sábado consecutivo, os coletes amarelos saíram à ruas para mais um protesto contra o governo francês. Houve confronto com a polícia. De acordo com a agência Deutsche Welle, os confrontos ocorreram após manifestantes vestidos de preto atiraram pedras em policiais e atearam fogo em motocicletas e latas de lixo no centro da cidade. A polícia usou gás lacrimogêneo para dispersar. Até o início da tarde, pelo menos 126 pessoas foram presas, 11 mil passaram por identificação, informou a promotoria de Paris. Segundo o Ministério francês do Interior, os protestos reuniram cerca de 9.600 manifestantes em todo o país, sendo 6.700 em Paris.

No ato deste sábado, manifestantes criticaram o fato de o incêndio na Catedral de Notre-Dame ter provocado uma comoção nacional e doações de milionários do país para reconstrução do monumento.

"Milhões para Notre-Dame, e para nós, os pobres?", dizia um cartaz.

A capital francesa continua em estado de alerta após serviços de inteligência apontarem a presença de pessoas entre os manifestantes com intenção de causar estragos e promover atos violentos em Paris, Toulouse, Montpellier e Bordeaux – como ocorreu em 16 de março.

Os manifestantes estão proibidos de protestar na região próxima à Notre-Dame. Estações de metrô de Paris estão fechadas e cerca de 60 mil policiais foram mobilizados.

As manifestações tiveram início em novembro do ano passado. A lista de reivindicações dos coletes amarelos, que reúnem franceses e imigrantes,é ampla, incluindo tanto questões de proteção ambiental, como a demanda por melhorias salariais.

 
Fonte: Reuters/Agencia Brasil

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