VLI adquire 168 vagões e três locomotivas para atender agronegócio na Norte-Sul
SÃO PAULO (Reuters) - A operadora logística VLI concluiu a compra de 168 vagões Hopper HTT e três locomotivas para operação na Ferrovia Norte-Sul, que serão utilizados para o transporte de produtos do agronegócio brasileiro, disse a empresa em comunicado nesta quarta-feira.
O negócio movimentou um total aproximado de 200 milhões de reais, investimento que reforça o modal ferroviário em direção ao norte do país. Produtos como soja e milho transportados neste sentido da ferrovia são exportados pelo sistema portuário de São Luís.
Os vagões fabricados pela GreenBrier Maxion, em Hortolândia (SP), devem ser entregues ainda neste ano. Já as locomotivas, modelo ES43BBi, da Wabtec, fabricante instalada em Contagem (MG), serão entregues até dezembro de 2024.
"A aquisição deste novo lote de materiais rodantes atende à demanda do agronegócio brasileiro e à geração de capacidade para o transporte de outros insumos que movimentamos no tramo Norte da Ferrovia Norte-Sul, como celulose, combustíveis e fertilizantes", disse o diretor de Finanças, Supply Chain e Serviços da VLI, Fábio Marchiori, em nota.
No último ano, a movimentação de cargas no trecho operado pela VLI na Norte-sul teve aumento de 15% em comparação com 2021, para 15 milhões de toneladas.
Em abril deste ano, a companhia já havia anunciado a aquisição de 78 vagões para operação no mesmo trecho, em virtude da inauguração oficial de um fluxo de retorno de fertilizantes em parceria com a Companhia Operadora Portuária do Itaqui (COPI).
Esta operação foi resultado de investimentos de cerca de 400 milhões de reais, ligando o terminal da COPI no Maranhão ao Terminal Integrador de Palmeirante, da VLI, no Tocantins.
Na Ferrovia Centro-Atlântica, controlada pela VLI, também foram feitos investimentos recentes em material rodante, a exemplo da aquisição de 215 vagões e nove locomotivas para transporte de celulose solúvel em direção ao sistema portuário do Espírito Santo.
Segundo a companhia, no caso de uma eventual renovação antecipada da concessão da FCA, abre-se uma nova possibilidade para investimentos do gênero, em virtude do esperado aumento de volume de cargas.
(Por Roberto Samora)