CCR ajusta tarifas para mitigar efeitos da pandemia
Por Paula Laier
SÃO PAULO (Reuters) - A CCR comunicou nesta quinta-feria que suas controladas AutoBan, SPVias e RodoAnel Oeste, com aprovação da Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados de Transportes do Estado de São Paulo (Artesp), incluíram na tarifa básica o valor adicional de 0,10 real partir de 1 de julho.
Trata-se de "medida cautelar de mitigação do desequilíbrio decorrente das perdas incorridas dos efeitos da pandemia de Covid-19 na demanda das concessionárias", afirmou a CCR em fato relevante à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
A Renovias, por sua vez, concessionária que o Grupo CCR detém participação acionária, teve o seu reajuste autorizado pela variação percentual de 3,935829%, baseados na evolução do IPCA, como medida cautelar de mitigação de desequilíbrios contratuais, informou a companhia no mesmo documento.
Na véspera, a CCR divulgou que sua controlada ViaOeste assinou aditivo ao contrato com o Estado de São Paulo extendendo o prazo de concessão do Sistema Rodoviário Castello Branco-Raposo Tavares em 410 dias, até 29 de março de 2025.
A extensão do contrato permitirá a realização de novos investimentos do trecho concedido no montante de 294 milhões de reais, bem como o reequilíbrio de processos administrativos de desequilíbrio econômico-financeiro, no valor de 193 milhões de reais em favor da CCR.
Também prevê o repasse para uma conta vinculada ao Poder Concedente do percentual do 20,71% sobre a receita tarifária, coforme o documento encaminhado à CVM.
"Nós enxergamos as notícias como positivas para a CCR", afirmaram os analistas do Safra liderados por Luiz Peçanha, acrescentando que o aditivo no contrato da ViaOeste e o aumento na tarifa adicionará cerca de 0,21 real no preço-alvo deles das ações da CCR para o final de 2023, atualmente em 14,10 reais.
O Safra tem recomendação "outperform" para os papéis da CCR.
Por volta de 13:25, as ações tinham acréscimo de 0,14%, a 13,83 reais, enquanto o Ibovespa subia 1,31%.