Safra de Mato Grosso usa mais ferrovia para chegar a Santos
"Lá é muito feio.” Era assim que Adelino Bissoni preparava o espírito da esposa quando decidiram, na década de 1980, deixar Brusque, em Santa Catarina, para morar em Rondonópolis, em Mato Grosso. O então jovem recém-formado em administração de empresas já havia feito incursões pela região, quando as lavouras começavam a despontar no Estado. Mas, em 1985, a família decidiu viver naquelas paragens definitivamente. “Era a nova fronteira agrícola. Mas era só pó e lama”, diz. “Eu queria ficar dez anos, fazer um pé de meia e voltar.”
Em parceria com outros cinco irmãos, ficou e criou o que hoje é o Grupo Botuverá, que faturou, no ano passado, R$ 340 milhões, um resultado 13% maior que o realizado em 2016. O nome da empresa é uma homenagem da família à cidade catarinense de mesmo nome, para onde o bisavô de Adelino imigrou da Itália, em 1878.
A empresa começou com 15 caminhões, que partiram do sul rumo a Rondonópolis. Hoje, a frota soma 180 veículos. O grupo também tem lavouras de soja, milho e criação de gado, responsáveis por 29,4% do faturamento da companhia.
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