Chuvas e maior fluxo de caminhões travam a BR-163 no Pará
O agricultor gaúcho Argino Bedin tinha 25 anos quando chegou a Mato Grosso, ainda no final da década de 1970, e decidiu fincar raízes em uma agrovila a 412 quilômetros ao norte de Cuiabá. Na mesma época, vindo do noroeste do Paraná, José Carlos da Silva, então com 18 anos, seguiria ainda mais longe. Seu pai, um pequeno sitiante em Goioerê, havia vendido tudo para buscar terras baratas e uma vida nova no sul do Pará.
Com trajetórias distintas, esses migrantes se tornariam personagens da história de sucessos e fracassos, avanços e retrocessos que fez a fama da BR-163, no lendário trecho de 1.700 quilômetros entre Cuiabá e Santarém (PA). Foram também testemunhas das várias vezes em que a data de conclusão da obra teve de ser remarcada ao longo dos últimos 40 anos. Da beira da rodovia, viram passar comitivas com presidentes e ministros, governadores e parlamentares de todos os partidos. Ouviram discursos inflamados, que depois se mostraram vazios.
“Meu pai morreu e não viu a estrada pronta”, diz José Carlos, hoje com 57 anos e dono de uma borracharia nas proximidades do distrito paraense de Moraes Almeida (município de Itaituba), localizado 400 quilômetros acima da divisa com Mato Grosso. Há cerca de uma década, a região vivencia um novo ciclo de expectativas renovadas. Lançadas em julho de 2008, as obras de pavimentação da rodovia ainda não alcançaram, em abril de 2018, uma meta que já deveria ter sido cumprida há seis anos: levar asfalto aos cerca de 900 quilômetros não pavimentados do trecho.
Leia a notícia na íntegra no site do Globo Rural.