Custo do frete de grãos no TO pode reduzir com novos terminais de ferrovia

Publicado em 31/03/2016 07:49

Com a inauguração dos dois terminais de cargas que ficam no pátio da ferrovia Norte- Sul, em Porto Nacional e Palmeirante, a expectativa é facilitar o escoamento da produção de grãos e reduzir o preço do frete. As plataformas foram inauguradas nesta terça-feira (29).

A empresa Valor da Logística Integrada (VLI) tem a concessão de 720 km da ferrovia Norte-Sul. O trecho fica entre Porto Nacional e Açailândia (MA). A meta é movimentar cerca de seis milhões de toneladas de grãos ao ano, entre soja e milho.

Em um armazém em Porto Nacional há capacidade para guardar 60 mil toneladas. Com essa estrutura, o caminhão que chegar carregado de soja vai esperar no máximo 8h e o carregamento no trem será feito em um prazo de 4h.

A aposta do Governo Federal e da VLI é que o novo terminal de integração em Porto Nacional seja um incentivo aos produtores de grãos, nessa região do país, já que pode facilitar o escoamento da produção até o porto de Itaqui. Inclusive, baixando o custo do frete.

O valor do frete e as diferenças no custo do transporte não foram informados pela empresa. Durante a cerimônia de entrega dos dois terminais, o ministro dos transportes Antônio Carlos Rodrigues, se limitou em dizer que vai ficar mais barato. "Sem dúvida nenhuma vai diminuir bastante o custo do frete."

O Tocantins ainda não produz soja suficiente para manter sozinho o funcionamento dos dois terminais da VLI no estado. A colheita prevista nessa safra é em torno de 2.600 milhões toneladas.  

Expectativa

A expectativa é de crescimento para os próximos anos. Um novo corredor deve atender toda a região do Matopiba (Tocantins, Maranhão, Piaui, e Bahia), além do Mato Grosso.

"A gente imagina que para preencher a capacidade dos terminais é preciso trazer produtos do Tocantins, norte de Goiás, Maranhão, Piauí, sul do Pará e leste do Mato Grosso. A gente acredita que possamos trazer produtos, em conexões futuras", afirmou o diretor comercial VLI, Fabiano Lorenzi.

O contato dos produtores de grãos com os terminais é por meio das chamadas "tradings", empresas que intermediam a negociação com compradores internacionais.

"Isso contribui para reduzir a dependência do modal rodoviário. Um investimento de grande porte como esse, viabiliza a utilização do outro modal que é o ferroviário. Isso contribuiu para o crescimento da produção dessa região", acredita o gerente nacional Cargil, Altamir Olivo.

Problemas 

As obras da ferrovia norte/sul começaram há 30 anos. Problemas nas licitações e irregularidades nas obras estavam entre os motivos de tanto atraso.

O trecho que liga a ferrovia até Anápolis, de responsabilidade da Valec, inaugurado em 2014, ainda enfrenta problemas. Tem obras sendo finalizadas e seguem em ritmo lento.

Leia a notícia na íntegra no site G1 - TO.

Fonte: G1 - TO

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