Encontro da Aliança Láctea reforça a importância da cadeia produtiva do leite no Sul

Publicado em 20/05/2022 14:47

O encontro da Aliança Láctea Sul Brasileira ocorreu, nesta sexta-feira (20/5), em formato híbrido, virtual e presencial, na sede da Farsul, no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio, durante da Fenasul Expoleite. O encontro foi aberto pelo presidente da Farsul, Gedeão Pereira, que falou da importância da produção de alimentos do Brasil para o mundo. “O Brasil deve ser o maior fornecedor de alimentos nos próximos 15, 20 anos”. Ele também destacou o programa Duas Safras, lançado pela entidade, que estimula o aumento da produção gaúcha, principalmente nas áreas cultivadas durante o inverno.

O secretário da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr), Domingos Velho Lopes, ressaltou a importância do fortalecimento das posições dos três estados do Sul. “A união do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná em prol da Aliança Láctea, buscando a intersecção de propostas, a correção de assimetrias, converge para o fortalecimento da cadeia do leite”.

Já o titular da Agricultura, Pesca e Desenvolvimento Rural de Santa Catarina, Ricardo Miotto, destacou a importância da atividade leiteira para a economia catarinense e as ações do Estado para fortalecer este segmento. “Nós investimos no programa de incentivo aos cereais de inverno, dobramos os recursos para compra de sementes e calcário e estamos investindo em ferrovias para o escoamento da produção”, informou.

Representando o Paraná, o secretário da Agricultura e Abastecimento, Norberto Ortigara, elogiou a cadeia produtiva, que “apesar das agruras, do sufoco e do clima”, continua produzindo. “Nós precisamos um plano de safra ousado e conseguir a redução de custos. A concessão de ferrovias que lançamos vai ser alternativa para esta redução”, avaliou.

O coordenador geral da Aliança Láctea, Airton Spies, destacou que o objetivo da Aliança pode ser resumido em uma única palavra: colocar leite no navio, ou seja, aumentar a exportação e a competitividade internacional. Segundo ele, o Brasil é autossuficiente na produção de leite – produz 25 bilhões de litros por ano – sendo que a região Sul responde por 40% do leite industrializado. Segundo dados do IBGE, os três estados do Sul produziram 11,6 bilhões de litros de leite em 2019, o que corresponde a 33,4% do total produzido no país.

Novo índice

Na ocasião, a assessoria econômica da Farsul apresentou um novo índice de cálculo – Índice de Insumos para Produção de Leite Cru (IILC)– que tem por objetivo levantar os preços dos insumos que afetam os custos da produção leiteira. O índice deve estar disponível ainda no primeiro semestre deste ano e, a partir do segundo semestre, será apresentado um relatório mensal. Entre os insumos incluídos no cálculo estão milho e soja, silagem, adubação, suplementos minerais, energia elétrica e combustíveis.

A reunião também propôs a realização da 1ª reunião dos Conseleites do Brasil, com uma possível data a ser confirmada no mês de agosto.

Lançamento do novo site

Durante o evento foi apresentado ainda o novo site da Aliança, que pode ser acessado neste endereço: https://www.sistemafaep.org.br/alianca-lactea/

A próxima reunião da Aliança Láctea será no Paraná.

O que é a Aliança Láctea

Formada pelo Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, a Aliança Láctea foi criada em setembro de 2014, durante a Expointer, para discutir os desafios e oportunidades comuns entre o setor produtivo do leite nos três estados. O fórum atua em cinco eixos: assistência técnica e geração de tecnologia para aumentar a produção e a produtividade, sanidade animal, qualidade do leite, organização do setor e redução de assimetrias tributárias. O contato com a Aliança pode ser feito por meio do e-mail: aliancalactea@gmail.com.

Fonte: Sec. de Agricultura do RS

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Leite/Cepea: Preço sobe em setembro, mas deve cair no terceiro trimestre
Comissão Nacional de Pecuária de Leite discute mercado futuro
Brasil exporta tecnologia para melhoramento genético de bovinos leiteiros
Preço do leite pago ao produtor para o produto captado em outubro deve ficar mais perto da estabilidade, segundo economista
Pela primeira vez, ferramenta genômica vai reunir três raças de bovinos leiteiros
Setor lácteo prevê 2025 positivo, mas com desafios
undefined