Sindilat pede ao futuro governo equidade na competitividade com o Mercosul
O Sindicato das Indústrias de Leite do Rio Grande do Sul (Sindilat) pediu à nova ministra da Agricultura, Tereza Cristina, e aos futuros secretários da Receita Federal, Marcos Cintra, e de Comércio Exterior e Assuntos Internacionais, Marcos Troyjo, equidade nas condições competitivas dos lácteos brasileiros com os importados do Mercosul. A solicitação contempla negociação de cotas para entrada dos produtos no Brasil, isonomia tributária em todos os elos da cadeia láctea, o fim da guerra fiscal entre estados e auxílio para retirada do excesso de leite em pó do mercado nacional.
A reunião ocorreu em Brasília nesta terça-feira, na sede do Governo de Transição, no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB). “Pedimos que houvesse uma compra governamental para aliviar a pressão no mercado interno, pois, nos últimos dois meses, entrou no país o dobro da quantidade de leite do que no mesmo período do ano passado. O setor está trabalhando no prejuízo devido à pressão interna sobre o preço”, argumentou Guerra. A mesa foi coordenada pelo senador eleito Luís Carlos Heinze e contou com a presença do deputado federal Jerônimo Goergen, além de representantes dos setores de arroz, alho, maçã, trigo, uva e vinho dos três estados do Sul do Brasil.
Segundo Guerra, a ministra garantiu que está em tratativas para que o governo absorva parte do excedente de leite em pó do mercado nacional. De acordo com ele, o governo demonstrou estar aberto ao diálogo e a ouvir os setores. “Ela falou que nós, enquanto país, temos que ter voz ativa pela importância e pelo tamanho que temos no Mercosul, e não negligenciar. Disse também que tem reunião agendada na Argentina, em janeiro, para tratar das disparidades do Mercosul”, comentou.