Com apoio da FAEP, Nova Zelândia promoverá evento sobre leite no PR

Publicado em 20/08/2018 11:11
Federação e outras entidades do agro estadual irão receber workshop com programação sobre a trajetória de sucesso do país da Oceania até se tornar o maior exportador de lácteos do mundo.

A Nova Zelândia lidera com folga o mercado internacional de leite. Em 2017, segundo dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (Usda), o país movimentou US$ 5,6 bilhões, o equivalente a 20,4% de todo o volume mundial. Mesmo somadas, Alemanha (US$ 3 bilhões) e Holanda (US$ 2,5 bilhão), que ocupam as posições seguintes no ranking mundial, não conseguem alcançar os neozelandeses.

A nação da Oceania é uma potência global. É nessa esfera internacional de comercialização que a região Sul do Brasil, maior produtor de leite nacional, quer entrar nos próximos anos. A tendência é natural, já que nos últimos 15 anos os bovinocultores de leite paranaenses mais que dobraram sua produção. E o ritmo de crescimento segue acelerado.

A partir desse cenário, a Embaixada da Nova Zelândia no Brasil irá promover um workshop para 150 pessoas em Curitiba, em novembro deste ano. O objetivo é compartilhar com lideranças paranaenses como o país da Oceania conseguiu atingir esse patamar de destaque mundial na cadeia de lácteos. Na programação estarão o embaixador da Nova Zelândia, Chris Langley, e integrantes de empresas de processamento de lácteos do país, além de pesquisadores do setor. A data prevista para o evento é 21 de novembro.

A programação e a data foram definidas em uma reunião promovida na sede da FAEP, em Curitiba, no 15 de agosto. Estiveram presentes no encontro, além de membros da FAEP e da embaixada neozelandesa, representantes da Superintendência Federal de Agricultura (SFA) do Paraná do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), do Sindicato das Indústrias de Leite (Sindileite) do Paraná, Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), Sistema Ocepar, Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Paraná (Seab).

Na ocasião, a delegação da Nova Zelândia acompanhou uma apresentação do agronegócio paranaense, realizada pelo Departamento Técnico Econômico (Detec) do Sistema FAEP/SENAR-PR. Após a exposição, o embaixador avaliou que há desafios a serem vencidos pela cadeia, mas enxerga um grande potencial para melhorar a produção, tanto em qualidade quanto em quantidade (confira entrevista do embaixador ao lado).

O presidente do Sistema FAEP/SENAR-PR, Ágide Meneguette, lembrou que o trabalho da entidade nas últimas décadas contribuiu para colocar o Estado em um nível diferenciado na produção brasileira de leite. Isso faz com que a capital nacional do leite, Castro, nos Campos Gerais, esteja no Paraná, além de produtores de nível internacional espalhados em todo o território estadual. “Tenho certeza que esse trabalho de promover um intercâmbio será de grande valor para melhorar ainda mais a qualidade dos produtos lácteos e nos elevar à condição de exportador de lácteos”, disse Meneguette.

Leia entrevista com o embaixador no Boletim Informativo.

Fonte: FAEP

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Leite/Cepea: Preço sobe em setembro, mas deve cair no terceiro trimestre
Comissão Nacional de Pecuária de Leite discute mercado futuro
Brasil exporta tecnologia para melhoramento genético de bovinos leiteiros
Preço do leite pago ao produtor para o produto captado em outubro deve ficar mais perto da estabilidade, segundo economista
Pela primeira vez, ferramenta genômica vai reunir três raças de bovinos leiteiros
Setor lácteo prevê 2025 positivo, mas com desafios
undefined