Greening causa quebra de 41% na safra de laranja dos EUA desde 2011/2012
A incidência de greening sobre os pomares deverá ser a principal causa de mais uma queda da produção de citros dos Estados Unidos na safra 2015/2016. A informação está em relatório divulgado nesta semana pelo Departamento de Agricultura do país (USDA, na sigla em inglês).
Considerada a doença mais destrutiva da citricultura, o greening á causado por uma bactéria transmitida pelo psilídeo Diaphorina citri. De acordo com especialistas, não há variedade comercial ou mesmo porta-enxerto que resista à doença. Não havendo cura, a solução é erradicar o pomar contaminado.
“Ao longo de vários anos na Flórida, o greening tem diminuído o rendimento das lavouras ao mesmo tempo em que as áreas remanescentes estão menores”, diz o relatório, fazendo referência à principal região produtora do território norte-americano.
Desde o ciclo 2011/2012, quando o USDA registrou uma colheita de 8,166 milhões de toneladas, a confirmação das projeções atuais representaria a quarta queda consecutiva, com o volume atingido 4,758 milhões de toneladas. Considerando essas últimas temporadas, a produção dos Estados Unidos teria uma redução de 41,73%.
Em nível global, a safra de laranjas 2015/2016 deve ser de 47,9 milhões de toneladas, uma queda de 1,56% em relação ao ciclo anterior, quando as estimativas do governo dos Estados Unidos foram de 48,6 milhões de toneladas da fruta.
Para o Brasil, a projeção é de safra maior. Baseado uma expectativa de melhora no rendimento dos pomares, o USDA estima um crescimento de 3% no volume, que pode chegar a 16,7 milhões de toneladas.
Suco
Para o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, a produção mundial de suco de laranja deve ficar relativamente estável no ciclo 2015/2016 e ser menor que o consumo previsto. Algo em torno de 1,780 milhão de toneladas de suco deve sair das processadoras industriais. Na safra 2014/2015, o volume total foi de 1,769 milhão.
Estados Unidos e Brasil devem seguir direções contrárias, acreditam os pesquisadores. A produção norte-americana deve cair 24,88%, de 438 mil para 329 mil toneladas enquanto a brasileira deve subir 12,11%, de 974 mil para 1,092 milhão.
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