Brasil apresenta panorama do setor cacaueiro para grupo seleto durante a Semana do Cacau de Amsterdã
Acaba de terminar o Brazil Session, uma sessão para convidados, em que representantes das principais entidades da cadeia cacaueira apresentaram a cacauicultura do país. O encontro, organizado pela iniciativa CocoaAction, com o tema “A recuperação do cacau do Brasil: oportunidades em um retorno sustentável", aconteceu durante a Semana do Cacau de Amsterdã e reuniu cerca de 70 pessoas, representantes de empresas, organizações e fundos de investimentos internacionais, interessados no novo momento da cacauicultura brasileira.
A reunião começou com a apresentação do documentário “Cacau, fruto sustentável do Brasil”, da Associação Nacional das Indústrias Processadoras de Cacau (AIPC). O material apresenta a diversidade da cacauicultura nacional e seus diferentes sistemas de produção. "O cacau é cultivado tanto no sistema agroflorestal da Floresta Amazônica quanto no sistema cabruca, na Mata Atlântica, além de ser plantado a pleno sol em áreas não tradicionais. Isso confere ao Brasil um diferencial, com sistemas produtivos diversos que conservam o meio ambiente, gerando renda para os produtores e suas comunidades", destaca Anna Paula Losi, presidente-executiva da AIPC.
Estrategicamente pensado para mostrar diversas perspectivas do setor e estimular o diálogo com a plateia, o Brazil Session contou com palestrantes de diferentes elos da cadeia:
Para Pedro Ronca, do CocoaAction Brasil, a sessão de hoje confirmou o otimismo com o qual o país foi recebido, desde o início da semana em Amsterdã, pelos atores da cadeia cacaueira mundial. “Uma produção amparada em sistemas agroflorestais (SAF) e um ambiente institucional organizado, com apoio do poder público, privado e terceiro setor, são diferenciais do Brasil nesta retomada da cacauicultura”, o que impressionou o público. “Este trabalho coletivo tem potencial para alavancar a produtividade do cacau nos próximos anos, consolidando o Brasil como uma origem de cacau sustentável”, diz.
Já Anna Paula Losi destacou a oportunidade de apresentar os diferenciais do setor cacaueiro do Brasil para os convidados internacionais. “Nossa cadeia está unida na busca por uma cacauicultura cada vez mais justa e rentável para todos. Em poucos anos, o Brasil voltará a despontar com um dos principais países no cenário global de cacau, não somente por causa do volume que será produzido, mas principalmente por causa da qualidade e dos aspectos positivos de sustentabilidade ambiental, social e econômica”, finaliza a presidente executiva da AIPC.