Alface/Cepea: Mesmo com oferta controlada, cotações caem em SP
O mês de junho foi marcado por clima frio mais severo e reduções nas áreas de plantio de alface. Em São Paulo (Mogi das Cruzes e Ibiúna) e no atacado paulistano, as baixas temperaturas, associadas à descapitalização dos consumidores, afetaram a fluidez do mercado e, mesmo com menor oferta, as cotações foram pressionadas.
Já em Teresópolis (RJ), a ocorrência de bacterioses, devido à umidade, causou perdas em algumas lavouras. Isto, aliado à retração da área de cultivo, garantiram aumentos nos preços – que só não foram mais expressivos por conta do baixo consumo, que persiste na região. Desta forma, as alfaces fluminenses se valorizaram em relação a maio: a crespa teve alta de 19,4%, à média de R$ 0,35/unidade.
Nas roças paulistas de Mogi e Ibiúna, por sua vez, a mesma variedade registrou queda de 9,3% frente ao mês anterior, a R$ 0,51/unidade. Na Ceagesp, a demanda retraída também prejudicou a saída de hortaliças, porém, a entrada reduzida de mercadorias impediu reduções significativas nos valores. Assim, as alfaces hidropônicas (crespa e lisa) foram negociadas a R$ 0,63/unidade, leve diminuição de 0,99% em relação a maio.
JULHO – A menor oferta de produtos, diante de reduções no plantio e da incidência de perdas, devido ao clima frio, pode favorecer o equilíbrio no mercado de alface em julho. Assim, os valores não devem apresentar variações tão expressivas.
No entanto, a baixa procura possivelmente seguirá limitando a rentabilidade do setor. Com isto, segundo viveiristas consultados pelo Hortifruti/Cepea, produtores têm buscado mudas de brássicas com maior frequência, em comparação ao inverno anterior, para tentar melhorar os índices de escoamento nesta época – especialmente com as culturas de brócolis e couve-manteiga.