Preços da batata iniciam queda nos principais mercados atacadistas
A batata começa a ficar mais em conta nos principais mercados atacadistas do país. No primeiro mês deste ano os preços de comercialização praticados arrefeceram, chegando a registrar ligeira queda em três das Centrais de Abastecimento (Ceasas) analisadas pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Essa desaceleração interrompe as altas registradas, desde outubro do ano passado, nas cotações do produto. A expectativa para fevereiro é que as cotações continuem caindo com a intensificação da safra das águas. A análise está no 2º Boletim Prohort 2021, divulgado pela Companhia nesta quinta-feira (25).
Apesar desse movimento de queda, os valores de comercialização verificados se mantêm superiores aos do mesmo período de 2020 e de 2019. Em São Paulo, por exemplo, o preço registrado em janeiro deste ano está 48% mais alto em relação ao mesmo tempo de 2020 e 55% quando comparado com 2019. O mesmo ocorre no mercado atacadista da capital mineira, onde os percentuais são ainda maiores, 69% e 97% respectivamente. Se por um lado as cotações estão maiores, por outro a oferta do tubérculo está menor quando comparado com os dois últimos anos.
A quantidade de cebola disponibilizada no mercado em janeiro deste ano também caiu. A queda fica próxima a 5% ao ofertado em dezembro de 2020, o que ajuda a explicar a alta nos preços verificada. A maior ocorreu na Central de Abastecimento de Brasília, com aumento aproximado de 44%. Vale lembrar que é esperada uma elevação nas cotações deste produto nos primeiros meses do ano. Nesta época, a produção fica concentrada no Sul do país, o que pressiona a demanda para essa região e abre espaço para maior entrada da cebola importada.
Frutas – No geral, as frutas não registraram movimento uniforme nos preços praticados nos mercados atacadistas analisados pela Conab. Exceção é o mamão, que apresentou queda nas cotações em todas as Ceasas pesquisadas. Com a maior oferta do produto no mercado, os valores praticados caíram para o consumidor.
Já as exportações estão em um ritmo mais lento neste início de ano. O volume total de frutas destinado para o mercado externo está 5% abaixo em relação a janeiro de 2020. Apesar do índice ser inferior, ainda é cedo para projetar qualquer resultado no desempenho final nas vendas para outros países. Os embarques de melancia e manga tiveram crescimento, enquanto limões e limas, bananas, melões e mamões registraram queda.