Emater/PA orienta extrativistas de Cachoeira do Arari sobre manejo sustentável do açaí
Agricultores familiares da Comunidade de Aranaí, localizada a 45 quilômetros da sede do município de Cachoeira do Arari, participaram, no último final de semana, de uma capacitação teórica e prática sobre o manejo sustentável de açaí. A proposta da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Pará (Emater), por meio do escritório local da cidade, se deu em função do grande potencial do município para a exploração do fruto.
Para Orlando Lameira, engenheiro agrônomo da Emater de Santa Cruz do Arari, que ministrou o curso, os açaizais nativos da região, se bem manejados, podem se transformar em uma importante fonte de renda.
“Durante esses dois dias, a gente ministrou um curso de manejo sustentável do açaizal nativo com mínimo impacto em área de várzea. Explicamos desde da importância da várzea, a produção sustentável, mantendo a floresta em pé, mas fazendo intervenções que melhorem a produção dos frutos do açaí. Então, fizemos o inventário como indica a tecnologia da Embrapa Amazônia Oriental (que é a que a gente usa), a demarcação da área e a intervenção, tirando as espécies brocadas e improdutivas e deixando as importantes dentro das parcelas. Foram dois dias bem produtivos e acreditamos que passamos a mensagem de que, apesar de não ser a atividade principal ainda, com o manejo, dá pra ter uma renda tão boa quanto a pesca pra eles lá”, conta o engenheiro agrônomo.
Atualmente, o escritório realiza cerca de quatro visitas por mês pra fazer o levantamento das áreas para o manejo do açaí. “O município possui um potencial enorme nessa atividade e hoje a empresa é procurada constantemente por ribeirinhos querendo orientações nesta atividade e financiamento para fazer o manejo adequado”, diz Herlon Pereira, coordenador do escritório local da Emater em Cachoeira do Arari.
Este ano, já foram contratados junto ao Banco da Amazônia dez financiamentos do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), por meios da linha de crédito Pronaf Florestal, voltada ao financiamento de sistemas agroflorestais sustentáveis. No caso dos açaizais nativos, o investimento é para a exploração extrativista ecologicamente sustentável.