Produtores de maçã pedem defensivos mais modernos e eficientes
Prefeitos e produtores de maçã de Santa Catarina se reuniram nesta quarta-feira (21) com o secretário executivo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Marcos Montes. No encontro, eles pediram a liberação de novas moléculas de defensivos agrícolas. Segundo o grupo, novos produtos são necessários para substituir os antigos, que consideram "defasados".
Giovani Nunes, prefeito de São Joaquim (SC), é um dos que apresentou a demanda. A cidade é considerada a capital brasileira da maçã com aproximadamente 2,3 mil produtores. “Com a aprovação de novos pesticidas, a gente consegue reduzir custos, diminuir o número de pulverizações, o número de tratamentos com moléculas seguras”, diz.
Nunes ainda destaca que a liberação tornaria a produção ainda mais segura. “Nossa maçã hoje é exportada para toda a Europa e segue um rigoroso controle de resíduos de defensivos. Então, a maçã hoje tem uma segurança muito forte, não causa nenhum problema para a saúde”.
Além de reduzir os custos, eles destacam que a aprovação de novas moléculas ampliará a quantidade de maçãs colhidas. “Teremos a possibilidade de produzir mais. Precisamos de defensivos mais eficazes já usados em outros países no ramo da fruticultura”, afirma a prefeita de Fraiburgo (SC), Claudete Gheller Mathias.
Competitividade
De acordo com Diego Nesi, diretor da Associação de Produtores de Maçã e Pera de Santa Catarina (Amap), a liberação de novas moléculas também trará mais competitividade, com a inclusão de mais marcas no mercado. "As moléculas que estamos usando estão pouco eficientes”.
Após ouvir os relatos, o secretário executivo Marcos Montes reforçou o trabalho do Ministério da Agricultura em fazer a fila de registros andar. “Os defensivos [novos] trazem mais segurança e reduzem o número de pulverizações. Vamos continuar nosso trabalho para disponibilizar produtos mais eficientes e menos tóxicos”, garante.
Produção
Atualmente, Santa Catarina tem 16 mil hectares de produção de maçã, segundo a Amap. Por ano, são produzidas cerca de 400 mil toneladas. A cidade de São Joaquim é a maior produtora do país. Os estados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina correspondem a 95% da produção nacional. Cada produtor tem, em média, quatro hectares.