Banana: Cultura pode perder espaço em Minas Gerais
Neste segundo semestre, a oferta de banana prata na região do Norte de Minas Gerais está elevada ("pico de safra" da variedade), o que já era esperado por agentes do setor. Com isso, as cotações têm sido pressionadas – cenário típico deste período do ano. No entanto, em 2018, os insumos estão mais caros – sobretudo fertilizantes –, o que tem limitado a rentabilidade dos produtores. Para agravar, os danos em relação à seca vêm prejudicando a banana da região norte de MG (as poucas chuvas não foram suficientes para suprir a demanda por água dos bananais). Além disso, com a estiagem, a adubação fica comprometida, já que a água é necessária para que a atividade tenha êxito.
Em agosto e setembro, ainda, o maior volume da banana prata encontrado nesta praça era de segunda, ou seja, qualidade inferior à exigida pelo mercado, pressionando ainda mais as cotações. Na média de julho e agosto, os preços da prata na região estiveram 21% abaixo dos gastos estimados por produtores mineiros para se produzir um quilo da fruta – conforme figura abaixo.
Produtores têm considerado estes últimos meses como "um dos piores períodos para a bananicultura". Neste cenário, alguns bananicultores têm cogitado investir em outras culturas que estão apresentado melhor rentabilidade, como a mangicultura. A manga já está consolidada no Norte de Minas Gerais e é a fruta com melhor rentabilidade unitária dentre as acompanhadas pelo Hortifruti/Cepea, desde 2016.
De acordo com produtores, a retirada dos bananais mais antigos pode acontecer até o final do ano, para que o plantio de manga ocorra. Já bananais mais novos devem ser mantidos na região, com a expectativa de que a cultura reaja no próximo ano.
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