Produtor de maçã pode recorrer a programas de amparo em caso de perdas
Nos últimos anos as mudanças climáticas têm afetado a produção agropecuária, causando atraso no plantio e perda de safra. Para amparar o produtor, o governo disponibiliza instrumentos para minimizar ou cobrir perdas ocorridas por eventos climáticos adversos, como o Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro) e Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR). A maçã é um exemplo de cultura que sofre com o clima. Na região Sul, principal produtora da fruta, a estiagem, o granizo e o excesso de chuvas são motivos de preocupação para os pomicultores.
Para falar do assunto, o Coordenador Geral de Riscos Climáticos do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Hugo Borges Rodrigues, vai ministrar palestra no evento Dia de Mercado da Maçã, na sexta-feira (29/04), em Fraiburgo, Santa Catarina. O coordenador vai participar do Painel Sobre Risco Climático, que abordará a visão do governo em relação aos riscos climáticos envolvidos na produção agrícola, com foco na cultura da maçã. “O Proagro e o PSR estão acessíveis aos produtores como forma de amparo financeiro caso ocorra perda na lavoura”, afirma.
De acordo com Borges, o objetivo da palestra é informar os produtores sobre a existência das portarias de Zoneamento Agrícola de Risco Climático por Unidade de Federação, publicadas pelo Mapa. O documento traz informações aos produtores sobre os períodos ideais para o plantio, quais cultivares adequadas e tipos de solos apropriados. “Para ter acesso aos programas do governo, o produtor deve seguir as recomendações do zoneamento”, alertou.
O Dia de Mercado da Maçã é promovido pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), em parceria com a Federação da Agricultura do Estado de Santa Catarina (FAESC) e Associação Brasileira dos Produtores de Maçã (ABPM). O objetivo do evento é levar informações técnicas e gerenciais aos produtores, para que possam aperfeiçoar custos e investimentos. As palestras são específicas para a região, trazendo para o debate temas relevantes, como mercado, custo de produção, gestão de preços e risco climático.