Rio São Francisco vive seca histórica, afetando produtores de frutas e vinhos
A crise hídrica que levou o rio São Francisco a uma das piores secas da história gerou duplo impacto na produção de frutas e vinhos no semiárido da Bahia e Pernambuco. Produtores temem a possível falta de água no próximo mês para as culturas irrigadas no Vale do São Francisco. Entre as cidades afetadas estão Petrolina (PE) e Juazeiro (BA), que, em plena crise econômica, estão no topo do ranking de geração de empregos formais este ano.
Além da apreensão com o mais baixo nível da história do reservatório de Sobradinho (3,6%), o principal do rio, o aumento das tarifas de energia elétrica elevou o gasto dos produtores da região.
Segundo agricultores, o sistema de bandeiras tarifárias instituído pelo governo federal para diminuir o consumo de energia e preservar os reservatórios de hidrelétricas fez o custo de produção de frutas irrigadas no semiárido nordestino aumentar em até 30%.
Segundo o diretor presidente da Upa Agrícola Limitada, Caio Coelho, o baixo volume de água faz com que as bombas consumam mais energia para levar a água aos pontos de irrigação. "Para produzir normalmente, precisa irrigar de forma abundante", disse ele que tem 500 hectares de frutas irrigadas e 1.200 funcionários.
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