Federarroz pede mecanismos emergenciais ao Ministério da Agricultura

Publicado em 22/12/2010 15:23
Preços estão até R$ 3,00 abaixo dos preços mínimos e ações do governo têm sido ineficazes
A Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz) encaminhou nesta terça-feira ao ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento , Wagner Rossi, documento solicitando a adoção, em regime de urgência, de mecanismos de comercialização eficazes para assegurar a sustentação das cotações do arroz ao produtor acima dos preços mínimos de garantia.
 O documento ainda é assinado por Irga, Farsul e todo Setor Industrial. Renato Rocha, presidente da Federarroz, destaca que uma pesquisa de preços realizada nesta terça-feira (21/12) demonstra que em algumas regiões arrozeiras já são praticados valores até R$ 3,00 abaixo dos preços mínimos federais. A média em 19 praças do estado fechou em R$ 23,62, mais de dois reais abaixo do preço mínimo.
 A Federarroz reivindica e trabalhará politicamente para que sejam retomados, a partir do início de janeiro de 2011, os leilões de Prêmio de Escoamento de Produto (PEP) de arroz com o valor do prêmio de R$ 6,00, compatível com o mercado. Também sugere que sejam alocados imediatamente R$ 50 milhões para realização também a partir de janeiro, de leilões de Prêmio Equalizador Pago ao Produtor Rural (Pepro). Por fim, a cadeia produtiva solicita que sejam disponibilizados R$ 100 milhões, para suporte à comercialização de 200 mil toneladas de arroz em casca, por meio de Aquisições do Governo Federal (AGFs), já no início de janeiro.
 “Entendemos que essas medidas poderão evitar um colapso na atual e na futura comercialização da safra que se avizinha, comprometendo ainda mais a renda do produtor rural”, entende Renato Rocha. Segundo ele, os produtores do Rio Grande do Sul produzem o suficiente para garantir o abastecimento e a segurança alimentar de oito meses do ano de toda a população brasileira, e neste sentido merecem receber valores justos e dignos para se manterem na atividade, acrescenta.

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Fonte: Federarroz

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