Arrozeiros apresentam demandas para o novo secretário de Política Agrícola do Mapa

Publicado em 11/01/2024 07:41
Neri Geller salientou que pretende alinhar políticas com o setor e ampliar as conquistas do mercado internacional

Representantes da cadeia orizícola gaúcha estiveram reunidos, nesta quarta-feira, 10 de janeiro, com o secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), Neri Geller. Recentemente empossado, o dirigente veio ao Estado para atender a um chamamento da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz) para ouvir as preocupações do setor e também receber a garantia de que não haverá desabastecimento, mesmo com as possíveis perdas de produtividade causadas por eventos climáticos extremos.

O secretário disse querer alinhar com o setor as políticas adequadas para manter a renda e trabalhar o aumento da produtividade, sempre com foco muito claro de manter as conquistas do mercado internacional e ampliá-lo, ficando longe de qualquer possibilidade de travar as exportações. Como medidas de apoio ao setor, Geller antecipou temas que já pautaram sua passagem pela secretaria em anos anteriores. “O governo federal vai voltar a implementar políticas de crédito mais fácil ao produtor, de acesso mais diversificado às linhas de crédito, entre elas a possibilidade do dólar em custeio, captação no mercado internacional através das cooperativas de crédito e também, eventualmente, reduzir custeio e investimento que são programas do Plano Safra”, detalhou.

O presidente da Federarroz, Alexandre Velho, destacou que a cadeia do arroz tem um protagonismo na produção nacional do grão e ainda uma responsabilidade social e econômica muito grande no Rio Grande do Sul. “Quase a metade dos municípios gaúchos depende, na sua economia, do arroz. Na questão social, o arroz emprega um funcionário para cada cinquenta hectares, em média, enquanto a soja emprega um para 200 hectares, fora o entorno, com o supermercado, o posto de gasolina e toda a rede do comércio que abastece o setor arrozeiro”, destacou o dirigente.

Velho disse, ainda, que é importante o governo entender que ele também pode fazer sua parte, como nas áreas de crédito, do seguro agrícola, e não prejudicar o andamento do mercado com relação à exportação, além de conhecer mais de perto o setor. “E saber que este preço de hoje é resultado de uma falta de rentabilidade de muitos anos. A área plantada no Estado já foi de 1,2 milhão de hectares e veio para 840 mil na safra passada. E foi este ajuste no mercado que trouxe preços melhores”, justificou.

Também estiveram na reunião, realizada na sede da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Desenvolvimento Sustentável e Irrigação, em Porto Alegre (RS), representantes de diferentes entidades, como Emater, Irga, Fetag, Farsul, Conab e Sindarroz. O secretário Giovani Feltes também participou do encontro, assim como o presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Edegar Pretto.

Fonte: Federarroz

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Agricultores indianos mudam de colza para outras culturas à medida que as temperaturas sobem
Feijão/Cepea: Clima favorece colheita
Ibrafe: semana foi marcada por poucos negócios no mercado do feijão
Semeadura do feijão está concluída na maior parte do Rio Grande do Sul
Produção de gergelim cresce 107% na safra de 2023/24 no Brasil
Ibrafe: Acordo do Gergelim abre caminho para o Feijão com a China
undefined