Anec aponta crescimento na exportação de soja em 2021 e menor volume de milho desde 2012

Publicado em 05/01/2022 15:50
Embarques da oleaginosa subiram 5,2% com relação à 2020 enquanto milho caiu 38,5% de um ano para o outro

A Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) divulgou seu balanço final com números de exportações de soja e de milho do Brasil ao longo do ano de 2021, apontando uma elevação dos embarques da oleaginosa e um recuo nos envios do cereal.

Ao longo dos 12 meses do ano passado, o Brasil embarcou 86,628 milhões de toneladas de soja em grão, o que representou um aumento de 5,2% com relação ao registrado em 2020, quando o país exportou 82,298 milhões de toneladas.

“A relevância dos números de 2021 estabelece que a cadeia brasileira de grãos é capaz de atender às demandas dos compradores de commodities, tanto em volume quanto em qualidade, superando todos os desafios”, relata a Anec.

O grande destaque para exportações da soja fica por conta da China, que absorveu 60 milhões de toneladas ao longo de 2021. “Em um ano em que o controle de resíduos de agroquímicos em grãos foi intensificado em alguns mercados, as exigências sobre a ausência de variedades geneticamente modificadas, a presença de pragas quarentenárias, níveis e qualidade das proteínas permanecem como pontos de atenção. O maior alerta de 2021 veio da China e sua maior cautela com os embarques de soja brasileira, que a cadeia da soja se dedicou a resolver imediatamente”.

Milho

Já do lado do milho, 2021 se encerrou com exportação de 20,55 milhões de toneladas pelos dados da Anec, o que representa uma redução de 38,5% com relação as 33,396 milhões de toneladas registradas em 2020. O patamar também é o menor desde 2012, quando o país embarcou apenas 19,8 milhões de toneladas.

“A produção de milho foi de 85,8 milhões de toneladas, aproximadamente 18% menor em 2020/21 em comparação com a temporada anterior. Isso levou a uma queda importante nas exportações e, consequentemente, levou o Brasil a importar 1,47 milhões de toneladas para atender a demanda interna”, explica a Anec.

Os técnicos da agência também destacam o grande número de operações washout registradas ao longo do último ano. “Devido à oscilação da quantidade de milho disponível para exportação, o comércio internacional enfrenta grande quantidade de recompras de contratos (washout) e suas consequências, como reescalonamento de navios, mudanças sutis logísticas, novos contratos de venda, etc”.

Por: Guilherme Dorigatti
Fonte: Notícias Agrícolas

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Ibrafe: semana foi marcada por poucos negócios no mercado do feijão
Semeadura do feijão está concluída na maior parte do Rio Grande do Sul
Produção de gergelim cresce 107% na safra de 2023/24 no Brasil
Ibrafe: Acordo do Gergelim abre caminho para o Feijão com a China
Arroz/Cepea: Preços são os menores em seis meses
Arroz de terras altas se torna opção atrativa de 2ª safra entre produtores do norte de Mato Grosso
undefined