Rússia pode aumentar exportação de grãos 2021/22, apesar de safra menor, diz ministério

Publicado em 21/05/2021 17:06

Por Polina Devitt

MOSCOU (Reuters) - A Rússia pode aumentar as exportações de grãos em 3 milhões de toneladas, para 51 milhões de toneladas na temporada de 2021/22, que começará em 1º de julho, apesar de uma safra menor, disse o ministério da agricultura na sexta-feira.

A Rússia compete com a União Europeia pelo posto de maior exportador de trigo do mundo. Turquia, Egito e Bangladesh são os maiores compradores de seu trigo.

O ministério estima que a safra de grãos da Rússia em 2021 será de 127,4 milhões de toneladas, incluindo 81 milhões de toneladas de trigo, disse o órgão em um comunicado. O país colheu 133,5 milhões de toneladas de grãos, incluindo 85,9 milhões de toneladas de trigo, em 2020.

Usar o que sobrou da cota de exportação desta temporada apoiará o crescimento das exportações. A cota foi introduzida para ajudar a conter a alta da inflação dos preços dos alimentos no país e manter baixos os preços domésticos dos grãos.

A cota de exportação, que a Rússia estabeleceu em 17,5 milhões de toneladas de grãos para entre 15 de fevereiro e 30 de junho, não será esgotada esta temporada, informou a agência de notícias Interfax, citando o ministério.

De acordo com a Interfax, o ministério planeja fixar uma cota para a segunda metade de cada temporada - de 1º de janeiro a 30 de junho - e propor que o governo compre até 3 milhões de toneladas do mercado doméstico para o estoque do Estado.

Agricultores na Rússia estavam semeando seus grãos de inverno para a safra deste ano em solo seco no outono passado, embora o inverno ameno tenha reparado parcialmente os danos. A semeadura de grãos na primavera está indo bem até o momento, com plantas já semeadas em 69% da área planejada.

O imposto permanente da Rússia com base em fórmulas sobre as exportações de grãos será lançado em 2 de junho e atualizado semanalmente. A calculadora do ministério para o imposto, que é indicativo a partir de agora, está disponível no site da Rússia.

(Reportagem de Polina Devitt)

Fonte: Reuters

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