Entidades levam demandas para a Câmara Setorial do Arroz

Publicado em 09/02/2021 14:25

A evolução dos preços e o consumo de arroz em 2021 foram alguns dos temas da reunião da Câmara Setorial do Arroz ocorrida nesta terça-feira, dia 9 de fevereiro, na 31ª Abertura Oficial da Colheita do Arroz. Pela primeira vez o encontro ocorreu de forma presencial e online. O evento está sendo realizado na Estação Experimental Terras Baixas da Embrapa Clima Temperado, em Capão do Leão (RS).

O presidente da Câmara Setorial do Arroz, Daire Coutinho, afirmou que a cadeia produtiva do arroz mais uma vez demonstrou o seu compromisso com o país em um ano atípico como foi o de 2020. “Estamos novamente  às vésperas de uma nova safra, a indústria trabalhou a pleno no ano passado apesar de  todas  as dificuldades e a cadeia do arroz conseguiu novamente colocar ao consumidor brasileiro e internacional um produto de qualidade, com preço justo”, enfatizou.

Para 2021, a expectativa é de uma redução amena no consumo nacional do arroz, assim como na recuperação dos estoques de passagem na safra 2020/2021, conforme o gerente de Inteligência, Análise Econômica e Projetos Especiais da Conab, Sérgio Roberto Gomes dos Santos Júnior. Com relação aos preços, segundo ele, devem ser remuneradores ao longo deste ano, porém, em patamares inferiores ao identificado em 2020.

A Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz) apresentou durante a reunião uma proposta de registro de novas moléculas para a cultura do arroz a ser levada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). O presidente da entidade, Alexandre Velho, disse que o produtor está cada vez mais focado em altas produtividades e que é preciso buscar alternativas de outras  moléculas para continuar  tendo eficiência dentro das lavouras. A demanda foi explicada pelo presidente do Conselho Consultivo da Federarroz, Henrique Dornelles. “O objetivo é criar um ambiente mais propício ao lançamento de novas moléculas, especialmente para o arroz irrigado”, salientou.

Coutinho solicitou que o documento com o pleito da Federarroz fosse formatado em conjunto com outras entidades e apresentado na próxima reunião da Câmara Setorial do Arroz. No encontro também foi apresentado um projeto de pesquisa envolvendo as culturas do arroz e do feijão. De acordo com o pesquisador da  Embrapa Arroz e Feijão, Alcido Elenor Wander, serão elaborados questionários  abordando temas como: tecnologia, políticas públicas, mercado interno e internacional e consumo.  

Com o tema “Os Novos Rumos do Sistema de Produção”, a 31ª Abertura Oficial da Colheita do Arroz ocorre até a próxima quinta-feira, dia 11 de fevereiro, em formato híbrido, com opções on-line no site do evento e presencial na Estação Experimental Terras Baixas, da Embrapa Clima Temperado, em Capão do Leão (RS). A realização é da Federarroz, correalização da Embrapa e patrocínio premium do Irga e do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Informações em www.colheitadoarroz.com.br ou pelo aplicativo Colheita do Arroz.

Fonte: Federarroz

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Semeadura do feijão está concluída na maior parte do Rio Grande do Sul
Produção de gergelim cresce 107% na safra de 2023/24 no Brasil
Ibrafe: Acordo do Gergelim abre caminho para o Feijão com a China
Arroz/Cepea: Preços são os menores em seis meses
Arroz de terras altas se torna opção atrativa de 2ª safra entre produtores do norte de Mato Grosso
Ibrafe: Feijão-carioca por um fio
undefined