Arrozeiros miram mercado externo para ampliar competitividade do setor

Publicado em 28/01/2020 15:21

Cerca de 140 municípios gaúchos possuem como principal atividade econômica o cultivo do arroz e a prática da cultura é responsável pela geração de 20 mil empregos diretos. Este ano, os produtores foram responsáveis por 940 mil hectares de área plantada e que deve chegar a 7,5 mil quilos de produtividade. Os números foram destacados nesta terça-feira, 28 de janeiro, na coletiva de imprensa de apresentação da 30ª Abertura Oficial da Colheita do Arroz, na sede do evento na Estação Terras Baixas da Embrapa Clima Temperado, em Capão do Leão (RS). A expectativa para esta edição, de 12 a 14 de fevereiro, é integrar a cadeia produtiva do setor e atrair em torno de 7 mil participantes.

Conhecimento técnico, tecnologias e soluções para tornar o negócio mais rentável estarão em pauta no evento, que este ano tem como tema Intensificação para Sustentabilidade. Segundo o presidente da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz), Alexandre Velho, entidade à frente da iniciativa, seis mil produtores e suas famílias dependem do cultivo do cereal no Estado. “Nós temos que, cada vez mais, buscar alternativas, soluções e ter melhor gestão dos nossos negócios”, afirmou, apontando a soja como opção para a redução de custos e aumento na fertilidade de solo.

Novos mercados também estarão no centro dos debates no evento, que contará com roteiro pelas vitrines tecnológicas, fórum técnico e de mercado e feira e dinâmica de equipamentos.  “Em março participaremos de uma feira do setor alimentício, em Gualadajara, no México, estreitando relacionamento com empresas interessadas no arroz gaúcho”, adiantou, reforçando que o principal concorrente é os Estados Unidos, que entrega em torno de 800 mil toneladas, por ano, para aquele país. “Os norte-americanos fazem o envio por meio trem, porém produzem cereal híbrido, de menor qualidade se comparado ao nosso”, complementa. “Não podemos perder esta oportunidade. O câmbio nos trouxe competitividade, além da redução da safra nos Estados Unidos e a seca no México”, afirmou.

Na coletiva de imprensa, Velho também salientou que a Federarroz está atenta a possíveis negócios no Panamá e Guatemala. “A busca por novos mercados vai continuar”, complementou. Participaram também da coletiva de imprensa o chefe geral da Embrapa Clima Temperado, Roberto de Oliveira, o coordenador do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga) na Zona Sul, André Matos, o presidente do Sindicato Rural de Capão do Leão, Clóvis Vitória, e de Pelotas, Paula Mascarenhas e os representantes da Farsul, Fernando Rechsteiner, e da Fetag/RS, João César Larrosa. O evento é organizado pela Federarroz com correalização da Embrapa e patrocínio Premium do Irga. Mais informações no site www.colheitadoarroz.com.br.

Tags:

Fonte: Federarroz

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Anec reduz projeções de exportações de soja e milho do Brasil em novembro
Acordo comercial entre Brasil e China pode impulsionar a produção de gergelim no Brasil
Ibrafe: Adidos agrícolas fazem a diferença no Feijão
Ibrafe: Feijão-carioca segue indicando melhora
Agricultores indianos mudam de colza para outras culturas à medida que as temperaturas sobem
Feijão/Cepea: Clima favorece colheita
undefined