Fatores altistas estimulam a tendência positiva para a soja, diz Miguel Biegai

Os contratos futuros de soja na Bolsa de Chicago trabalham em alta novamente nesta quinta-feira (02/11). Janeiro/18 opera com 5 centavos de ganho a US$ 996,25 centavos por bushel. Na máxima do pregão noturno esse contrato chegou a valer US$ 998 e se aproxima novamente de ser cotado em 4 dígitos. O volume de negócios é alto para o período, com mais de 2 milhões de toneladas sendo negociadas na Bolsa somente nesta madrugada de ontem pra hoje.

 

Depois de 4 dias testando o suporte da tendência de alta, com noticias de chuvas para o Centro-Oeste do Brasil e valorizacao do dolar, agora o mercado recebe notícias altistas. A primeira é a de que as fabricas de esmagamento na China melhoraram suas margens, devido à forte demanda interna. E a segunda é que o final de safra nos EUA está apresentando médias de produtividade muito inferiores, o que pode fazer com que os USDA reveja a produçao americana para abaixo de 120 milhões de tons em seu relatório de novembro ou dezembro. 

 

Graficamente, o canal de alta no contrato driver janeiro/18 é tão nítido que penso em usa-lo como figura-exemplo em um livro que estou escrevendo sobre o mercado de soja. Segue o baile!

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

As cotações aqui na CBOT seguem em alta  com o posicionamento frente às estimativas do próximo relatório de Oferta e Demanda Mundial do USDA, do dia 8. O Mercado cultiva uma mentalidade de que as estimativas de produtividade para a soja norte-americana poderão apresentar novas reduções, uma vez que os relatos do campo da soja tardia não trazem números tão animadores.

 

A AgResource (ARC) alertou que reduções de produtividade seriam observadas desde o primeiro momento que o USDA trouxe as estimativas recordes, em agosto. Tais números do Departamento não condiziam com a realidade que a equipe de campo da ARC estava observando em seus Tours de Safra no Cinturão Agrícola.

 

No Brasil, o plantio da soja volta a ganhar ritmo após um começo de safra atrasado pela falta de chuvas no Centro Oeste do país. Até sexta-feira, 3, a equipe de campo da ARC estima que o plantio da soja brasileira atingirá 44% da área estimada no país, um avanço de quase 13% ante a semana passada. Em 2016, este percentual era de 52,4. A média dos últimos 5 anos não fica tão distante, agora calculada em 47,2%.