Desempenho do frango vivo na segunda semana de junho

Frango! A palavra mais escrita, falada e ouvida neste final de semana referia-se apenas, infelizmente, à falha do goleiro da seleção inglesa de futebol, não ao “frango nosso de cada dia”. Que, por sinal, já não freqüenta mais nem a fala dos homens públicos. Cerca de 15 anos atrás, o então Presidente da República serviu-se do aumento do consumo do frango para demonstrar o acerto das novas medidas econômicas e da introdução de uma nova moeda, o real. Na última sexta-feira, a candidata do governo à Presidência, ao procurar demonstrar que a mesa dos brasileiros melhorou, afirmou que hoje têm acesso a alimentos que antes não tinham: “É o bife... É, por exemplo, o Danone...”. Ou seja, parece que o frango “já era”.
Aliás, só isso explica o fato de o frango (não só vivo, abatido também) estar vivendo no momento o pior junho de todos os tempos. Pois, feita uma retrospectiva de mercado, é possível constatar que nunca, anteriormente, o menor preço do ano foi registrado no mês. No entanto, o preço médio alcançado pelo produto por ora vem sendo o menor de 2010.
Não só isso, pois a situação atual contrasta inteiramente com aquela observada há um ano, já que em junho de 2009 o frango vivo atingiu sua melhor cotação do ano (de crise econômica) que passou. Com isso, o preço médio alcançado no decorrer daquele que foi o melhor momento de venda deste mês ficou 28% aquém do registrado há um ano. Ou seja: corre-se o risco de ver esse índice negativo crescer nos 15 dias de negócios que faltam para o encerramento do mês e do semestre.