Venda de aves para o Uruguai anima criadores brasileiros

Publicado em 04/05/2010 08:38
Com início das exportações, previstas para junho, avicultores esperam valorização do produto.
Produtores gaúchos aguardam ansiosos pelo começo das exportações de carne de frango para o Uruguai. A expectativa do setor é de que as transações tenham início em junho.

A abertura do mercado uruguaio para a carne de frango in natura brasileira ocorreu no final de março deste ano. Nessa época, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Pesca do Uruguai anunciou a aprovação do Certificado Sanitário Internacional (CSI), o que permitiu a liberação das exportações do produto.

O documento garante que a procedência e a qualidade do frango estão de acordo com a legislação sanitária do país vizinho ao Brasil. Seguindo as determinações do Mercosul, o Ministério de Agricultura deverá apresentar ao Uruguai uma lista de frigoríficos habilitados à exportação.

– Para nós, é interessante. O Uruguai é um país que tem aproximadamente 5 milhões de habitantes. É mais um mercado que se abre – comemora Mário Lanznaster, presidente do grupo Aurora, que tem atuação no setor.

Criadores gaúchos projetam aumento do preço das aves

Avicultores de Barão de Cotegipe, no norte do Estado, também festejam a conquista do novo mercado. Hélio Lupato acaba de investir em um aviário com capacidade para cerca de 16 mil aves.

– Acho que vai ser favorável porque vai aumentar o consumo. E crescendo, teremos melhores preços – estima Lupato, que produz, por mês, 11 mil frangos.

Atualmente, cada ave custa, em média, R$ 0,40. Segundo os avicultores, o valor não é suficiente para cobrir as despesas com a produção e com o trabalho – o preço ideal seria de, no mínimo, R$ 0,55 por frango.

– O custo de criar um lote é bastante elevado devido à infraestrutura necessária, além das despesas fixas – disse Edgar Roman.

As indústrias esperam que, neste ano, a produção aumente 4% em relação ao ano passado. As exportações devem crescer 6%. Atualmente, o Brasil exporta a varieda de carne para mais de 150 países.

Fonte: Zero Hora

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