SC se prepara para ampliar conversão de dejetos suínos em biogás e energia
O início plano de converter em energia e biogás 100% dos dejetos suínos de Santa Catarina nos próximos 10 anos será uma das ações mais desafiadoras do Hub de Descarbonização da FIESC em 2025. O programa-piloto vai atingir 40 suinocultores e já tem a adesão das maiores agroindústrias, além de fornecedores de equipamentos, empresas compradoras de energia e gás biometano, financiadores e outros segmentos interessados. A iniciativa foi apresentada durante a reunião da diretoria da FIESC, nesta sexta (13), pelo gerente-executivo de inovação e tecnologia da FIESC, Maurício Pauletti.
Segundo Pauletti, a proposta é gerar planos de negócios personalizados a cada suinocultor, indicando modelos de gestão, fontes de fomento, fornecedores e forma de comercialização da energia gerada.
A descarbonização é uma tendência e uma exigência do mercado consumidor. “Ao mesmo tempo que tem desafios na sua mitigação da emissão de gases do efeito estufa, o setor industrial tem muitas oportunidades; é possível fazer e também é economicamente sustentável”, explicou Pauletti. É o caso da conversão dos dejetos suínos, que podem gerar renda com a venda de insumos energéticos.
Para o setor industrial de maneira geral, as oportunidades de descarbonização estão em sistemas de geração de calor ou refrigeração, viagens a serviço, resíduos, gestão da frota e consumo de energia.
O Hub de Descarbonização da FIESC articula uma série de projetos e serviços de apoio ao setor industrial, incluindo a elaboração de programas de descarbonização, vocacionados a cadeias de interesse, inventários setoriais e individuais de GEE, programas ESG. Outros serviços estão previstos para 2025, como a jornada de descarbonização, atlas energético de SC e pós-graduação.
As micro e pequenas empresas também devem ser envolvidas, tendo em vista que integram as cadeias produtivas.
Cases de sustentabilidade
Projetos desenvolvidos pelos institutos SENAI de Inovação e de Tecnologia para acelerar a transição para uma economia de baixo carbono também foram citados por Maurício Pauletti. As boas práticas estão reportadas na edição especial número 3 da Revista Indústria & Competitividade (clique aqui para ler).
Rede SENAI de Inovação e de Tecnologia
Com uma rede composta por 28 institutos de inovação e mais de 60 institutos de tecnologia, o SENAI apoia a atualização tecnológica e o desenvolvimento de produtos e processos para a indústria brasileira. A rede oferece serviços de consultoria, metrologia e projetos de inovação, promovendo também parcerias com universidades, centros de pesquisa e investidores.
Em Santa Catarina, são 10 unidades, sendo três de inovação, que são referências nacionais em Processamento a Laser, Sistemas de Manufatura e Sistemas Embarcados. Os institutos de tecnologia em Alimentos e Bebidas, Cerâmica, Madeira e Mobiliário, Mobilidade Elétrica e Energias Renováveis, Têxtil, Vestuário e Design atendem os principais segmentos da indústria catarinense. Já os institutos Ambiental e de Excelência Operacional oferecem soluções em sustentabilidade e melhoria de processos produtivos para qualquer setor.