Suíno/Cepea: preços para o setor seguem na estabilidade desde a terceira semana de agosto
Mercado em setembro
As cotações do suíno vivo e da carne atravessaram setembro em estabilidade, mas as médias mensais fecharam acima das observadas em agosto. Vale lembrar que, na segunda quinzena de junho, os preços do suíno vivo e da carne iniciaram um movimento de alta, que se sustentou até a terceira semana de agosto. Desde então, os preços desses produtos vêm permanecendo praticamente estáveis em quase todas as regiões monitoradas pelo Cepea, sustentados por um equilíbrio entre a oferta e a demanda no mercado doméstico.
Preços e exportações
As exportações brasileiras de carne suína, considerando-se produtos in natura e industrializados, apresentaram recuperação em setembro. De acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), foram embarcadas 119 mil toneladas da proteína no último mês, 1,7% a mais que em agosto e 7% acima do volume escoado em setembro/23. Ainda conforme a Secex, em termos financeiros, a receita obtida com as exportações brasileiras de carne suína somou R$ 1,56 bilhão em setembro deste ano, montante 2,3% superior ao arrecadado em agosto e expressivos 29,5% maior que o auferido em igual período de 2023.
Relação de troca e insumos
De agosto para setembro, os preços médios do suíno vivo comercializado no mercado independente subiram na região de SP-5 (Bragança Paulista, Campinas, Piracicaba, São Paulo e Sorocaba). As cotações do milho e do farelo de soja (principais insumos presentes na atividade suinícola) também avançaram no período, mas em menor intensidade frente ao animal vivo. Esse cenário garantiu novo aumento no poder de compra do suinocultor paulista – no caso do milho, trata-se do oitavo mês seguido de melhora da relação de troca; e, para o farelo de soja, o terceiro.
Carnes concorrentes
Em setembro, os preços médios das carnes suína, bovina e de frango subiram no atacado da Grande São Paulo. Os avanços da carne suína superaram os da proteína avícola, mas ficaram abaixo dos observados para a de boi. Diante desse contexto, a competitividade da carne suína cresceu frente à bovina, mas diminuiu em relação à de frango. Para a carcaça especial suína negociada no atacado da Grande SP, a média de setembro foi de R$ 13,05/kg, alta de 5,1% em relação ao mês anterior. O impulso veio da menor oferta interna de produtos de origem suinícola.
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