Suinocultura Independente: Após semana de estabilidade, preços cedem ou falta acordo entre frigoríficos e suinocultores
Nesta quinta-feira (19), as principais Bolsas de Suínos que comercializam os animais no mercado independente registraram queda nos preços ou falta de acordo entre suinocultores e frigoríficos. Na semana anterior, os preços haviam ficado estáveis de maneira generalizada, mas nesta semana, lideranças apontaram disputa entre o preço da carcaça do animal abatido e o preço do animal vivo.
Em São Paulo, o preço caiu, passando de R$ 7,00/kg vivo para R$ 6,72/kg, com acordo entre suinocultores e frigoríficos, segundo dados da Associação Paulista de Criadores de Suínos (APCS).
"A semana a bolsa trabalhou com manutenção de preço a R$ 7,00 o quilo, entretanto, o mercado real não teve condições de praticar o preço estipulado pela Bolsa da semana passada. Os valores foram menores em função da disputa pelo preço da carcaça. Hoje a pressão foi um pouco maior em relação à semana em que nós estamos vivendo. Portanto, para a próxima semana, houve este realinhamento para R$ 6,72 o quilo, o que está vinculado com a disputa com o preço do animal abatido. Há uma concorrência muito forte entre os Estados do Sul do Brasil com o mercado paulista
em relação às carcaças que estão chegando ao nosso mercado", disse o presidente da entidade, Valdomiro Ferreira.
No mercado mineiro, o valor ficou inalterado em R$ R$ 6,75/kg vivo, sem acordo entre suinocultores e frigoríficos, segundo a Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg).
"Mercado segue com bom ritmo nas vendas de suínos. A visão do produtor é de muita segurança na manutenção dos preços. Os frigoríficos não compartilharam da mesma visão e por isso não houve acordo", disse o consultor de mercado da Associação, Alvimar Jalles.
Segundo informações da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), o valor do animal sofreu queda, passando de R$ 6,33/kg vivo para R$ 6,25/kg vivo nesta semana.
"Nós estamos em uma maré que não está fácil. Complicou por causa das cheias, há sobra de carne no mercado, então há essa queda de preço. Mas vamos continuar firmes", destacou o presidente da entidade, Losivanio de Lorenzi.