Itaú/BBA: Preços do frango iniciam junho enfraquecidos, mas ração mais barata garante alguma margem ao avicultor
Segundo análise divulgada pelo banco Itaú/BBA, o spread da avicultura está voltado ao campo positivo. Isso porque, mesmo que os preços do frango vivo sigam contidos, a queda nos preços do milho e soja, principais insumos na produção de rações, faz com que o avicultor ainda tenha alguma margem.
“No Paraná, por exemplo, a queda do milho em maio contra o mês anterior foi de 20,6% enquanto o farelo de soja cedeu 6,6%. Com isso, estimamos que os custos da avicultura em maio tenham recuado 9,5% na média ponderada do Paraná e Rio Grande do Sul, para próximo de R$ 4,65/kg. No atacado, o frango inteiro congelado foi negociado na faixa de R$ 6,56/kg na média de maio no estado de São Paulo, desvalorização de 3% em relação a abril, enquanto no comparativo com maio/22 a queda é de 15%”, detalha o reporte.
Há o ponto de atenção que é a questão da influenza aviária, que até o dia de hoje (5) chega a 22 casos, atingindo aves silvestres do Espírito Santo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Minas Gerais. Apesar disso, as exportações seguem firmes, com o acumulado do ano até maio expandindo 9,3% comparado com os números de janeiro a maio de 2022, considerando a carne in natura.
“O cenário para a avicultura deverá continuar favorável, na medida em que os custos de produção cedem com o aumento da oferta de grãos aliviando as margens. Certamente, isso valerá desde que a gripe aviária não chegue no sistema comercial. Caso ocorra fechamento das exportações, a oferta de carne no mercado interno tenderá a aumentar, potencialmente pressionando os preços para baixo”, apontam os analistas.