Secretaria da Agricultura apresenta balanço das ações de vigilância sobre influenza aviária no RS

Publicado em 17/05/2023 15:21
Estado segue sem ocorrências da doença

A Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi) apresentou, nesta quarta-feira (17/5) um balanço das ações de vigilância sobre a influenza aviária no Estado. Esta semana, o Brasil registrou os primeiros casos da enfermidade em aves silvestres, no Espírito Santo. O Rio Grande do Sul continua sem ocorrências confirmadas da doença.

“Com os casos detectados no Espírito Santo, se faz ainda mais necessária a robustez dos mecanismos de biosseguridade que a iniciativa privada, as entidades e as empresas vêm adotando com relação à gripe aviária, e também o incremento no trabalho de vigilância que a Seapi vem desenvolvendo há meses”, avalia o secretário Giovani Feltes.

Feltes destacou a ação da Seapi durante o caso de aujeszky detectado em São Gabriel, no final de 2022, como exemplo do que esperar da atuação da secretaria na vigilância da influenza aviária. “É uma boa demonstração de como a Seapi atua de forma diligente e como seus quadros técnicos estão preparados e vigilantes”, ressaltou o secretário.

Vigilância

A diretora do Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal (DDA), Rosane Collares, apresentou dados gerais sobre a produção da avicultura comercial no Rio Grande do Sul e as ações de vigilância ativa e passiva conduzidas pela Seapi desde outubro de 2022, quando os primeiros casos de influenza aviária de alta patogenicidade foram detectados na América do Sul. Além da vigilância passiva e ativa, a secretaria se articulou com diversas entidades, como órgãos do meio ambiente, setor produtivo, Marinha e Ibama para disseminar ações de educação sanitária e comunicação de risco.

Na vigilância passiva, que investiga notificações de suspeitas, a secretaria realizou 73 atendimentos em 2023, que resultaram em 15 suspeitas fundamentadas – quando há recolhimento de amostras para testagem no laboratório de referência para influenza aviária, em Campinas. Todas tiveram resultados negativos.

Em ações de vigilância ativa na avicultura industrial do Estado, a Seapi visitou 347 estabelecimentos avícolas, coletando 5.324 amostras. Também não houve detecção do vírus de influenza aviária, nem da doença de Newcastle.

“É importante destacar que as atividades que estamos informando já são rotineiras no Serviço Veterinário Oficial. Houve uma intensificação dessas ações com a proximidade da influenza aviária do nosso Estado”, frisou Feltes.

Como o maior risco de ingresso da influenza aviária no Estado é por meio de aves migratórias, a vigilância ativa da Seapi destacou equipes volantes para observação em pontos de pouso dessas aves, como a Reserva do Taim e a Lagoa do Peixe, e na fronteira com Argentina e Uruguai. Até o momento, a secretaria contabiliza 2.167 ações de vigilância ativa, com 1,72 milhão de aves observadas, cinco suspeitas fundamentadas e nenhum caso confirmado. Foram realizadas 1.548 ações de educação sanitária, com 793 mil pessoas alcançadas.

“A ocorrência em aves silvestres não altera a condição sanitária do Brasil em relação à influenza. Só haverá alteração nesse status se a influenza ingressar na avicultura industrial", explica a coordenadora do Programa Estadual de Sanidade Avícola, Ananda Kowalski. "Não temos muito como evitar que o vírus entre, pelo fato de a transmissão ser por aves migratórias, mas estamos vigilantes para a detecção precoce.”

RS é destaque no cenário nacional de avicultura

O Rio Grande do Sul é o terceiro maior exportador de ovos, o terceiro maior produtor de frango de corte e o maior exportador de carne de peru do Brasil. A avicultura, tanto comercial como de subsistência, está presente em 239 mil estabelecimentos agropecuários do Estado, representando mais de 50% do total de 400 mil estabelecimentos registrados no Sistema de Defesa Agropecuária da Seapi.

“A avicultura se ramifica em muitas outras atividades da nossa economia. O setor está fazendo sua lição de casa, a Associação Gaúcha de Avicultura tem realizado ações de comunicação, orientação e educação sanitária, mobilizando outras entidades do agro. Temos mais segurança para continuar produzindo por causa da eficácia do nosso Serviço Veterinário Oficial, que está permanentemente atuando”, avalia o presidente da Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav), José Eduardo dos Santos. “Talvez seja esse o segredo do sucesso do Rio Grande do Sul hoje na avicultura.”

Fonte: Governo do RS

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