Município capixaba movimenta mercado de ovos de codorna e galinha no país
Em 2020, o Brasil produziu mais de 61 bilhões de ovos de galinha e de codorna, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O município de Santa Maria de Jetibá, no Espírito Santo, lidera o ranking nacional. Por dia, são produzidos 15 milhões de ovos comerciais.
“Para nós produtores é uma imensa alegria saber que estamos ajudando a levar um alimento de extrema qualidade até a mesa do consumidor”, afirmou o avicultor Renato Guilherme Potratz.
A história da família Potratz em Santa Maria de Jetibá começou em 1931. “A propriedade foi adquirida pelo meu avô Guilherme Potratz e foi passada para o meu pai. Hoje sou a terceira geração e quero dar continuidade a essa história”, afirmou o produtor.
A criação de ovos de codorna na propriedade passou por diversas mudanças. O trabalho que antes era manual se tornou automatizado. A tecnologia foi fundamental para lidar com as 125 mil aves. “Otimizei espaço e mão de obra e me adequei às leis vigentes”, disse Renato.
Na criação de aves e na produção de ovos comerciais, as boas práticas de manejo são seguidas à risca pelos produtores rurais. De acordo com Renato Potratz, todos os cuidados são importantes para garantir uma boa qualidade de vida para as aves.
O trabalho conjunto e a sucessão familiar foram fundamentais para o destaque de Santa Maria de Jetibá no cenário nacional de ovos. Segundo dados do IBGE, o município é responsável por 23,7% dos ovos de codorna e 7,8% dos ovos de galinha produzidos no Brasil.
“A representatividade na geração de emprego e renda e na economia do município é ímpar. É inegável a influência da avicultura na região”, destacou a secretária Municipal de Agropecuária, Rafaela Tesch.
Para o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Espírito Santo (FAES), Júlio Rocha, a avicultura de postura é uma atividade que precisa ser tecnificada para oferecer margem de lucro e desenvolvimento socioeconômico. “Hoje o município é o principal abastecedor os grandes centros, como Vitória, e também gera excedentes para a exportação do estado”, disse.