Chile: mais de 1.500 leões marinhos e 700 pinguins morreram por influenza aviária

Publicado em 03/04/2023 08:37
São mais de 2.270 espécimes de leões marinhos comuns, pinguins de Humboldt e lontras-do-mar que encalharam mortos nas costas do país durante o primeiro trimestre de 2023, principalmente no norte. O valor é 1.421% superior ao total de encalhes, correspondentes a essas espécies, registrados ao longo do ano de 2022.

O Serviço Nacional de Pesca e Aquicultura (SERNAPESCA) do Chile informou um aumento considerável no encalhe de animais marinhos mortos nas costas chilenas durante o primeiro trimestre de 2023. No total, 1.535 espécimes de leões marinhos, 730 pinguins de Humboldt e 8 lontras-do-mar são relatados mortos nas costas das macrozonas centro e norte, sendo as principais regiões afetadas: Arica e Parinacota com 709 leões marinhos mortos e 343 pinguins de Humboldt mortos, a região de Tarapacá com 195 leões marinhos mortos, a região de Antofagasta com 218 leões marinhos mortos e a região do Atacama com 226 pinguins de Humboldt mortos.

“Durante estes três meses do ano registamos um número histórico de animais marinhos encalhados mortos, correspondendo a 2.273 exemplares destas três espécies. O número total desses animais encalhados mortos durante um ano inteiro em 2022 foi de 160, e em 2021 houve 129 espécimes mortos no total. Isso mostra que estamos claramente diante de uma situação anômala, que atribuímos ao fenômeno da gripe aviária de alta patogenicidade, até porque os encalhes nestes meses se concentram na zona norte”, disse Soledad Tapia, Diretora Nacional de Sernapesca.

No âmbito da emergência da Gripe Aviária, reforçou-se o trabalho com outras entidades como as Delegações Presidenciais, Governos Regionais, SAG, Seremías, Municípios e outros, no sentido de apoiar um plano de vigilância activa em toda a costa com o objectivo de reduzir os riscos de circulação viral da referida doença, por meio da detecção, testagem e destinação final dos animais acometidos.

A situação epidemiológica da gripe aviária de alta patogenicidade (HPAI) pelo subtipo H5 da linhagem eurasiana continuou a se espalhar. Existem 9 regiões que têm fauna marinha registrada protegida pela Lei de Pesca e Aquicultura com positividade para gripe aviária, com casos de Arica a Biobío apenas exceto as regiões metropolitana e Ñuble.

Até à data (31 de março), foram contabilizados 29 espécimes de animais marinhos confirmados como positivos para IAAP, correspondentes a 2 lontras-do-mar, 23 leões-marinhos e 4 pinguins-de-humboldt.

De referir que o SERNAPESCA está a dar prioridade ao atendimento aos encalhes de animais com sintomas associados à gripe aviária. Quanto à destinação dos animais mortos, cabe aos respectivos municípios com o apoio do Serviço Nacional de Pesca e Aquicultura para resguardar os protocolos de biossegurança.

O serviço reiterou o apelo enfático às pessoas que se encontram na orla costeira para não tocarem nem manusearem, manterem distância e comunicarem caso seja detetada na orla costeira uma ave ou animal marinho morto ou que apresente sinais como: apodrecimento, tosse , dificuldades respiratórias ou espasmos musculares. Isso inclui não movê-los, não devolvê-los ao mar ou enterrá-los nas praias às suas próprias custas.

Fonte: Governo do Chile

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