Produtores de Rondônia devem ficar alertas para detectar sinais da influenza aviária em granjas e quintais

Publicado em 03/03/2023 15:52
Idaron tem orientado produtores quanto aos sinais clínicos nas aves para rápida atuação da Agência.

O perigo está no ar. As aves migratórias são os principais transmissores da influenza aviária de alta patogenicidade, doença que já teve foco confirmado em oito países da América do Sul: Colômbia, Equador, Peru, Venezuela, Chile e, mais recentemente, em fevereiro, Bolívia, Uruguai e na Argentina.

Em decorrência da atividade viral em países tão próximos do Brasil, a Agência de Defesa Sanitária Agrosilvopastoril de Rondônia tem intensificado as ações de biosseguridade, tanto na produção de aves de corte e postura quanto na de subsistência, e orientado produtores rurais sobre os sintomas da doença para uma atuação pontual e celere. “Ou seja, ao menor sinal do patógeno, o pecuarista deve comunicar o caso à Idaron, pelo telefone 0800 643 4337 ou pelo site da Agência Idaron.

Devido a presença do vírus na Bolívia, país que faz fronteira com Rondônia, a Idaron intensificará as ações nas regiões de fronteira. O objetivo é evitar a introdução e propagação do vírus no plantel rondoniense, garantindo a segurança dos alimentos e sanidade dos animais, bem como à saúde pública.

Busca-se também maior interação com os órgão de proteção ambiental, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (iCMBio) e Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental (Sedam).

“Volto a destacar: é primordial que a notificação seja feita o quanto antes à Idaron, em caso de mortandade de qualquer tipo de ave, silvestre ou de criação e produção”, destaca Fabiano Benitez Vendrame, coordenador estadual do Programa Nacional de Sanidade Avícula-PNSA.

A influenza aviária nunca havia sido diagnosticada na América do Sul, até que, a partir de novembro do ano passado, foram confirmados casos em cinco países. “Até outubro de 2022 a Idaron fazia apenas trabalho de rotina, com atividades de prevenção previstas pelo PNSA. Anualmente era feito o monitoramento para comprovação da ausência da atividade viral, agora o trabalho está mais intenso e as atividades de educação sanitária também foram reforçadas”, explicou.

No final do ano passado, os técnicos da Agência realizaram as ações que integram o componente três do PNSA, com coletas de amostras sanguíneas de aves em 39 propriedades. “A atividade foi desenvolvida em granjas que são denominadas de avicultura comercial. No início deste ano foi cumprido o componente quatro, com amostragem sanguínea em 31 propriedades de subsistência, de maior risco de ocorrência da doença. Em cada propriedade foram colhidas amostras de sangue e suabes de 11 aves, para análise laboratorial”, destacou Fabiano Benitez.

No trabalho realizado na avicultura de subsistência, a Idaron priorizou amostragens em propriedades que tenham grandes corpos d’água, como rios, lagos e represas, uma vez que abundância hídrica é um grande atrativo às aves silvestres. “A execução dos componentes três e quatro visam demonstrar para o mercado internacional a ausência da atividade viral no estado”, acentuou o coordenador estadual de PNSA.

BIOSSEGURIDADE

Reforçando o alerta, Fabiano Benitez salienta que os trabalhos desenvolvidos pela Agência Idaron visam não só atender de forma rápida e precisa qualquer notificação de suspeita, como também intensificar os trabalhos nas granjas cadastradas e registradas para que sejam cumpridas as normas que estabelecem os registros dessas propriedades.

“O registro é feito em propriedades com mais de 1.000 aves, nas quais são realizados laudos de vistorias, com check list para fiscalizar o cumprimento de todas as medidas de biosseguridade, que visam impedir o contato das aves alojadas com as aves de vida livre, além do controle e desinfecção de pessoas e veículos que ingressem nessas propriedades”, finalizou.

Fonte: Idaron

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