Itaú BBA vê demanda externa favorável para o frango brasileiro em 2023 e aumento moderado no consumo interno

Publicado em 16/01/2023 10:03
Oferta maior de bois para abate deve manter próximo o preço do frango e do dianteiro bovino, gerando maior concorrência entre as proteínas na ponta consumidora

De acordo com análise divulgada pelo banco Itaú BBA para diversos produtos do agro brasileiro relativo a janeiro deste ano, os especialistas do banco vêem um cenário desafiador neste início de ano para o mercado do frango. Neste começo de ano, os custos de produção para a atividade, especialmente com os grãos que compõem as rações, devem deixar as margens apertadas para o avicultor, dada a dificuldade em repassar os custos ao longo da cadeia.

"É de se esperar taxas mais baixas de crescimento da produção neste ano, assim como o observado em 2022, quando o setor moderou a expansão da atividade para 2,5% a 3% anualizado vindo de 6% a 7% na segundametade de 2021", detalha o reporte.

A respeito do consumo interno, os analistas do Itaú detalham que, devido às questões econômicas brasileiras, dificilmente haverá espaço para grandes elevações de preço da proteína avícola para poder dar força às margens do avicultor. Este cenário leva em conta que os custos de produção, principalmente com a nutrição das aves, não deva ceder muito até a enytrada do milho safrinha na metade do ano. 

Um dos fatores que deve comprometer o crescimento do consumo interno da carne de frango brasileira é a diferença entre os preços da proteína avícols e do dianteiro bovino, chegando mais próximos da média histórica. Com a maior oferta de gado prevista para 2023, deverá haver maior competição entre as proteínas na chegada ao consumidor final.

Sobre as exportações, a demanda externa é vista como favorável pelo Itaú BBA, fortalecida pelos casos de influenza aviária altamente patogênica em vários países, inclusive vizinhos ao Brasil. Soma-se a isso a perspectiva de pouca resposta à produção de frango em players concorrentes do Brasil, como União Europeia, Tailândia e China, o que deve ampliar a busca do produto no Brasil.

Por: Letícia Guimarães
Fonte: Notícias Agrícolas

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