ACSURS celebra 50 anos de atuação em defesa dos suinocultores gaúchos e desenvolvimento do setor suinícola
Há cinco décadas, através das mãos de um grupo de suinocultores e técnicos que assumiu a responsabilidade de zelar pelos interesses da categoria e de trabalhar pelo melhoramento genético do rebanho, nascia a Associação de Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul – ACSURS.
A constituição da entidade deu-se em assembleia realizada no dia 25 de novembro de 1972, conduzida pelo produtor Reynaldo Migliavacca e secretariada por um dos futuros presidentes, José Adão Braun. Este momento marcou o começo de uma nova história.
“Chegar aos 50 anos é um marco importante. Mostra o pensamento visionário dos fundadores, que sentiram a necessidade de se ter uma entidade representativa do setor produtivo, pensando no desenvolvimento da suinocultura”, avalia Valdecir Luis Folador, presidente da ACSURS.
A ACSURS surgiu a partir da necessidade de se constituir uma associação dos suinocultores de âmbito estadual, visto que a suinocultura gaúcha se desenvolvia de forma bastante acelerada e precisava de mais suporte para que os objetivos fossem alcançados. Contou com o respaldo da Associação Brasileira dos Criadores de Suínos – ABCS, onde inicialmente esteve instalada, e entidade nacional dos suinocultores a qual é filiada.
“A ACSURS é a entidade que representa os produtores da porteira para fora, tanto no aspecto político quanto técnico, enfim, em todas as esferas. Ao longo das décadas, a associação defendeu os interesses dos suinocultores, buscando o desenvolvimento do setor suinícola. Com certeza, cumpriu o propósito para o qual foi criada”, ressalta Folador.
O RS tem em torno de 7,5 mil produtores de suínos espalhados em todas as regiões do estado, entre independentes e integrados, e a ACSURS representa a todos. Atualmente, a entidade conta com 2 mil associados diretos e indiretos através das associações municipais de suinocultores.
Diretoria
Presidida por Folador desde 2005, compõe a Diretoria – Gestão 2022/2025 o 1º vice-presidente Mauro Antônio Gobbi, os vice-presidentes Rafael Acadrolli, Laurindo José Vier, Renato Tecchio e Jean Marcelo Fontana; os Conselheiros Fiscais Titulares Edson João Zancanaro, Marino Birck e Volnei Marcos Zago, e Suplentes Vilmar Vendrame, André Luis Lermen e Felipe Carpenedo Gabriel; Coordenador Do Conselho Técnico, Flauri Ademir Migliavacca, e Edson Roberto Pescador e Belmir Darós como 1º e 2º Delegados Suplentes junto a ABCS, respectivamente.
Pioneira
Entre suas conquistas, vale destacar o pioneirismo no trabalho de inseminação artificial de suínos, contribuindo para o melhoramento genético do rebanho.
O ponta pé inicial e a introdução da prática no país deu-se em 1975, quando o engenheiro agrônomo e, na época, presidente da ABCS, Hélio Miguel de Rose retornou de uma viagem à Europa e apresentou a um grupo de produtores gaúchos a ideia de implantar a inseminação artificial em suínos.
Inovador, o projeto visava a disseminação dos animais melhoradores, contribuindo decisivamente no aprimoramento das carcaças e da genética, num período ainda marcado pela transição do porco tipo banha para tipo carne.
Incentivado por De Rose, o médico-veterinário Werner Meincke assumiu a atividade dentro da ACSURS, após estágio na Holanda. Em seu retorno, começou a montar o projeto da Central de Inseminação Artificial de Suínos (CIAS), com o apoio do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), que ofereceu suporte técnico e financeiro à iniciativa.
Livro 50 Anos
Essas e outras histórias da entidade poderão ser conferidas no livro “A Voz do Suinocultor da Porteira para Fora”, que será lançado durante o Jantar do Cinquentenário, no dia 24 deste mês. De autoria de Salus Loch, o trabalho foi desenvolvido ao longo do ano através de pesquisa e entrevistas.
Grande Expediente
A ACSURS também será homenageada pela Assembleia Legislativa RS, em data a ser definida, com o Grande Expediente, que leva como tema ACSURS- 50 anos de história em defesa da suinocultura gaúcha, proposição do deputado estadual Elton Weber.