Brasil amplia relação comercial com Catar e aumenta em 40% o volume de frango embarcado ao país-sede da Copa
No Catar, o Brasil segue na dianteira por ser o único país que, no primeiro mundial realizado em um país do Oriente Médio, tem a possibilidade de ser hexacampeão. E esta liderança não se resume ao futebol: o Brasil também se mantém como campeão mundial em exportação de carne de frango halal. E, como mostram os números desse comércio em crescimento com os países árabes, o cenário tende a ser bastante otimista.
Prova disso vem do próprio país-sede da Copa do Mundo 2022. Dados da ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal), mostram que, nos dez primeiros meses de 2022, o Catar aumentou em 40% o volume de carne de frango comprada do Brasil, quando comparado ao mesmo período de 2021. E, na receita, o aumento no período foi de 67%.
Outros países seguem na mesma direção, por exemplo, Singapura, que entre janeiro a outubro de 2022 teve um aumento de 54% em volume e 83% em receita, quando comparado ao mesmo período do ano passado. A Arábia Saudita também registrou um acréscimo de 26% em receita na comparação com os dois períodos.
No acumulado do ano, a receita das exportações de carne de frango alcançou US$ 8,195 bilhões, uma alta de 29,3% ante janeiro a outubro de 2021. Em volume, os embarques registrados nos dez primeiros meses de 2022 chegaram a 4,060 milhões de toneladas, volume 5,1% maior do que o mesmo período do ano anterior.
Para o diretor de Operações da CDIAL Halal, Ahmad M. Saifi, a Copa do Mundo no Catar contribuiu para o aumento das exportações para aquele país, mas esse comércio bilateral já está consolidado e com perspectivas promissoras.
“A qualidade, segurança e preço dos nossos produtos foram determinantes para que os países árabes enxergassem no Brasil um fornecedor importante de produtos alimentícios, tendo como carro-chefe a proteína animal brasileira. Mas este mercado, que deve movimentar em torno de US$ 5,74 trilhões até 2024, ainda tem muitas oportunidades de crescimento em outros segmentos: tanto nos alimentícios de maior valor agregado, como cosméticos, fármacos e até turismo. Por isso, estamos sempre em eventos internacionais que nos permitem verificar o que o consumidor desses países busca e como o Brasil pode acessar e atender a esta demanda crescente”, ressalta o diretor.