Suinocultura independente: negociações de suínos realizadas nesta quarta-feira (15) resultam em altas nos preços
Geralmente realizadas às quintas-feiras, as Bolsas de Suínos do mercado independente das principais praças comercializadoras ocorreram nesta quarta-feira (15), em função do feriado de Corpus Christi. Nos principais Estados foram registrados reajustes positivos com a diminuição pouco a pouco da oferta de animais e a demanda mais aquecida pela proteína.
Em São Paulo, o preço passou de R$ 6,67/kg vivo para R$ 7,31/kg vivo, conforme dados da Associação Paulista de Criadores de Suínos (APCS). O presidente da entidade, Valdomiro Ferreira, explica que houve um realinhamento de 9,6%, baseado na redução da oferta de animais vindos do Sul e Centro-Oeste do Brasil.
"Houve melhora também no preço da carcaça. Os mercados atacadistas e varejistas vão lançar preços do abatido acima dos R$ 11,00 para a próxima semana. Um dos suportes dessa alta é o número de animais vendidos nesta Bolsa, cerca de 24 mil, e há quatro meses não se vendia mais de 20 mil animais em uma Bolsa", disse.
Ferreira complementa explicando que o mercado está demandado, e em contrapartida há redução em volume de animais nas granjas e peso. Coincidentemente isso deve melhorar as exportações, já que houve melhora no câmbio também, segundo ele.
No mercado mineiro, o valor de R$ 7,30/kg vivo foi obtido com acordo entre suinocultores e frigoríficos na semana passada, e vale até a próxima quinta-feira (23), conforme com informações da Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg).
"A bolsa de Minas Gerais da semana passada no valor de R$7,30 tem validade para duas semanas, e o mercado por aqui fluiu dentro da normalidade nesse valor. O que esperamos é que o Brasil acompanhe os reajustes porque, devido à clara escassez de suínos com peso adequado nas granjas mineiras, o preço daqui subiu antes ", disse Alvimar Jalles, consultor de mercado da entidade.
Santa Catarina também teve alta, passando de R$ 5,88/kg vivo para R$ 6,42/kg vivo, segundo o presidente da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), Losivanio de Lorenzi. Segundo ele, estes pequenos aumentos que vêm sendo registrados nas últimas semanas têm sido vistos com otimismo.
"Os produtores estão começando a ficar um pouco começando a ficar um pouquinho mais animado, embora esteja perdendo em torno de R$ 150,00 por animal vendido, mas acreditando de uma mudança nesse cenário. O mercado interno, agora com o inverno, quem sabe aquece as vendas, e devagarinho o mercado vai enxugando a oferta", pontuou Lorenzi.