Itaú BBA: oferta contida no mercado de ovos sustenta preços
Segundo análise do banco Itaú BBA a respeito do mercado de ovos no Brasil, divulgada nesta terça-feira, a redução de 2,3% na oferta do produto no primeiro trimestre deste ano em comparação ao mesmo período do ano passado ajuda a sustentar os preços no setor. O número divulgado na análise é resultado de pesquisa em relação à produção brasileira realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O reporte do Itaú BBA pontua que desde o segundo semestre de 2020, com a elevação dos custos de produção para o setor, a relação de troca entre os ovos e a ração consumida pelas poedeiras atingiu o pior nível da série histórica, iniciada em 2006.
Até janeiro deste ano, as margens seguiam mais apertadas, mas houve reação do setor. O ano de 2021 terminou com alojamentos de pintainhas de postura 6% inferiores ao registrado em 2020. A redução em sequência na produção resultou em uma elevação de 23,6% entre janeiro e abril deste ano em relação ao período do ano passado (referência São Paulo).
"Do lado da ração, houve um certo alívio nos componentes (milho e farelo de soja) a partir de abril. A média parcial dos preços do milho em maio (até o dia 19), em Sorocaba, por exemplo, foi 9,5% abaixo de fev/22, enquanto o farelo de soja em Campinas recuou 13,7% no mesmo comparativo", aponta a análise.
Ainda segundo o reporte do banco, mesmo com a tendência sazonal de queda na curva de preços após o mês de abril, com a queda da demanda pós Quaresma, o recuo de 15% em abril de 2022 no alojamento de pintainhas em relação ao mesmo mês do ano passado deve evitar uma queda brusca de preços.