Desempenho do frango (vivo e abatido) na 26ª semana de 2021, passagem do 1º para o 2º semestre
Dentro do previsível, nos três primeiros dias da 26ª semana de 2021 (ou seja: nos três últimos de junho), os preços do frango abatido se estabilizaram em um patamar cerca de 3,5% inferior ao pico de preços do mês (R$6,68/kg) e, mal iniciado o mês de julho, deram os primeiros sinais de reversão.
Mas como, por ora, foram apenas dois dias negócios, a primeira média de julho corrente (R$6,49/kg) se encontra negativa em relação ao mês anterior, apresentando queda de 0,61% sobre junho passado. No entanto, os aguardados ajustes desta semana tendem a reverter esse quadro e até superar o pico de preços do último mês. Assim, julho pode ficar caracterizado não só como o melhor mês do ano, mas de todos os tempos.
De toda forma, não se pode ignorar que, nos últimos 12 meses, os custos de produção do setor (considerada apenas a ave viva) aumentaram bem mais de 50%, enquanto a média atual se encontra apenas 45% acima da registrada há um ano. Portanto, ainda não se alcançou o ponto de equilíbrio e, muito menos, o do lucro.
Quanto ao frango vivo, à primeira vista – mas só à primeira vista – tende a continuar sendo negociado pelo mesmo valor alcançado quase três semanas atrás: R$5,60/kg. Ou seja: como permaneceu em mercado firme mesmo no período de baixa demanda (segunda quinzena de junho), não corre o menor risco de ver suas cotações retrocederem. Pelo contrário, tem chances de novos reajustes. Mas isto vai depender do desempenho de mercado do frango abatido.
Mantida a cotação atual por estas quatro próximas semanas, o frango vivo terminará julho com valorização mensal de 1,63% e, a exemplo do frango abatido, com o melhor resultado de todos os tempos.
Mesmo assim, não chega a 50% a valorização em relação a julho de 2020 e, como dito acima, o custo de produção evoluiu acima desse nível. Portanto, ainda é necessário algo mais para que o setor volte a operar com maior tranquilidade.