A safra recorde de Milho e os preços que oneram fortemente a avicultura de corte e postura comercial
A avicultura de corte e de postura segue sofrendo diante dos altíssimos preços pagos na aquisição de milho e farelo de soja que mantém as duas atividades onerosas por grande período.
O acompanhamento da safra de milho realizado pela Companhia Nacional de Abastecimento no decorrer deste mês aponta para um crescimento de 5,4% na produção do grão, significando volume superior a 108 milhões de toneladas, novo recorde no setor.
O consumo interno, por sua vez, apresenta estimativa de 72,1 milhões, equivalendo a aumento na casa dos 5%, enquanto as exportações previstas de 35 milhões se mantém próximas do embarcado no ano passado. De toda forma, sinalizam quase 15% de redução em relação ao recorde de 41 milhões exportadas em 2018/19.
Essas estimativas de Produção, Consumo e Exportação significam que os mercados interno e externo serão plenamente atendidos pelos produtores do grão. Entretanto, com demanda internacional aquecida e preços dolarizados, as cotações apresentam aumentos exorbitantes que penalizam fortemente os setores que dependem desse produto no mercado interno, casos da avicultura de corte e postura comercial.
Isso porque não se consegue repassar o aumento ao produto final e, com isso, os avicultores amargam imensos prejuízos.
Se por um lado, existe o benefício da população em adquirir produtos de baixo valor aquisitivo nesse período tão difícil de pandemia, isso pode comprometer no médio prazo a continuidade de grande número de empresas nesses setores.