Na década, apenas os cortes de frango elevaram sua participação na receita cambial
A análise da evolução da receita cambial da carne de frango a partir dos quatro principais itens exportados – frango inteiro, cortes de frango, industrializados e carne de frango salgada – revela que, na última década, apenas os cortes tiveram sua participação aumentada. Ou seja: os demais itens perderam peso na balança comercial do setor.
Em relação a 2019, no ano passado a participação dos cortes sofreu ligeira retração: de 69,5% para 68,9% da receita cambial total. Mesmo assim, esse índice foi quase 33% superior ao registrado em 2010, ocasião em que os cortes responderam em média, por cerca de 52% da receita total da carne de frango.
Quando a década retrasada terminou (2010), o frango inteiro foi responsável por um terço da receita cambial do produto. Dez anos depois sua participação recuou para 22,5%, perda de, praticamente, 32% em uma década.
Porém, as perdas maiores em valores relativos foram compartilhadas entre a carne salgada e os industrializados de frango: redução de mais de 43% de 2010 para 2020. Ou, de 15% para 8,5% na média do exercício passado.
É oportuno ressaltar que tais variações (para mais ou para menos) se devem, muito mais, aos volumes embarcados do que, propriamente, aos preços alcançados. Assim, comparativamente ao volume médio exportado em 2010, em 2020 registraram redução o frango inteiro (queda de 28%), a carne salgada (30% a menos) e os industrializados (redução de mais de 45%). Ou seja: aumentou apenas a exportação de cortes (incremento de 43,5%), o que fez com que as exportações de 2020 ficassem 8% acima das registradas em 2010.