Preços para a suinocultura independente têm leve alta ou estabilidade nesta semana
As negociações no mercado da suinocultura independente neste final de maio tiveram leves altas nos preços ou mantiveram valores estáveis. De acordo com lideranças, o cenário de retorno de atividades em algumas cidades do Estado de São Paulo e a entrada da parcela do auxílio emergencial, cedido pelo Governo Federal, ajudaram o mercado.
Em São Paulo, de acordo com a Associação Paulista de Criadores de Suínos (APCS), após duas semanas sem que os suinocultores chegassem a um acordo, nesta-quinta-feira (28), o preço do animal vivo foi cotado a R$ 4,69/kg. O valor é mais alto do que a última referência de preço acordada pela Bolsa no último dia 7 de maio, que foi de R$ 4,53/kg.
Segundo Losivanio de Lorenzi, presidente da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), houve aumento de R$ 0,07 centavos em relação à semana anterior, fechando em R$ 4,55/kg do animal vivo.
"Acreditamos que o auxílio emergencial do Governo tenha ajudado um pouco netse final de mês, além da perspectiva de São Paulo voltar ao normal. Acredito que na próxima semana, por ser um novo mês, os preços devam melhorar, mas os custos de produção, por causa do dólar, ainda são desafiadores".
Minas Gerais, que assim como São Paulo e Santa Catarina, negocia os animais no mercado independente às quintas-feiras, teve estabilidade nos preços, R$ 5,10/kg.
Alvimar Jalles, consultor de mercado da Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg), explica que "apesar de estarmos vivendo um momento especial, com a Covid19, os alimentos não são facultativos, são essenciais. A carne suína está competitiva em custo e valorizada em qualidade. Isso garante seu escoamento e sustenta os preços do animal vivo".
Também se manteve estável o preço no Rio Grande do Sul, de acordo com o presidente da Associação de Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul (Acsurs), em R$ 4,26/kg.
"O mercado está meio conturbado, vamos ver o que acontece para ver como fica, mas as primeiras informações são conturbadas, os frigoríficos oferecendo preço menor", disse.
No Mato Grosso, o aumento na média de preços foi em torno de R$ 0,10 centavos, conforme conta Itamar Canossa, presidente da Associação de Criadores de Suínos do Mato Grosso (Acrismat), passando de R$ 3,60/kg para R$ 3,70/kg.
Para ele, esta melhora é reflexo da recuperação de preços que começou pela região Sul e Sudeste do País, e que agora chega ao Mato Grosso para equilibrar os preços. "Na semana que vem deve haver alta".