Poder de compra para suinocultores de MS teve recuperação de 1,9%, em abril

Publicado em 26/05/2020 16:46

Expectativa é que o aumento no consumo interno impacte no preço da carne  e melhore gradualmente a relação de troca

Mesmo com a alta no custo de produção para a suinocultura em Mato Grosso do Sul, a relação de troca entre animal vivo e o milho apresentou recuperação de 1,9% no mês de abril. Cada um quilo de suíno vivo possibilitou a compra do equivalente a 6,8 quilos do cereal, enquanto no mês de março era de 6,6 quilos. O poder de compra dos suinocultores no estado é o tema da editoria Mercado Agropecuário desta segunda-feira (25).

A recuperação de abril foi resultado de uma queda mais acentuada no preço do milho frente ao preço do suíno, já que ambos caíram. “Para os próximos meses, a expectativa é que a melhora na relação de compra seja gradual e continue respaldada pela valorização do suíno, a partir da melhora do consumo doméstico potencializado pela demanda externa aquecida”, explica a analista técnica do Sistema Famasul, Eliamar Oliveira.

O poder de compra está em patamares abaixo dos registrados em 2019. O principal motivo para essa condição é a valorização mais expressiva nos insumos, que impacta na relação de troca. Em abril de 2020, o preço do farelo de soja foi 47,6% superior ao igual período de 2019. Já o de milho registrou valorização ainda maior, 61,2%. “Diante desse cenário, não se pode gerar expectativas de que a relação de troca em 2020 supere os patamares de 2019”, acrescenta.

A volatilidade no preço do cereal, com movimento sequencial de altas e baixas, em razão da indefinição quanto ao resultado da segunda safra de milho no estado, interfere nessa relação de troca, entre preços de insumos e de animais.

Preço

O preço médio do suíno vivo em abril no estado retraiu 3,9% em relação ao mês anterior, cotado a R$ 4,9 o quilo. Considerando o mesmo período de 2019, o valor cotado foi de R$ 3,8 o quilo, variação de 27,2%.

Expectativa Nacional

A Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) prevê diminuição no consumo interno na ordem de 1,9 milhão de toneladas de milho, fechando um volume total de 68,5 milhões de toneladas. Tendo em vista que, do lado da demanda, não há expectativa de melhora, a oferta ditará o preço do cereal. 

Fonte: Famasul

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