Segunda quinzena do mês trouxe aumentos mais tímidos ao preço do suíno no mercado independente
A virada para a segunda quinzena de maio reduziu o ritmo de aumento de preços para o suinocultor independente. Apesar disso, lideranças vêem a recomposição, ainda que lenta, como positiva.
Em São Paulo, pela segunda semana consecutiva não houve negociação pela Bolsa de Suínos nesta quinta-feira (21). De acordo com o presidente da Associação Paulista de Suinocultura (APCS), Valdomiro Ferreira, nesta semana, devido ao decreto inesperado de feriado prolongado em São Paulo, as negociações foram prejudicadas.
"O mercado se retraiu, porque há uma logística de quatro a cinco dias para que os animais que vêm de outros Estados cheguem em São Paulo para complementar a demanda. Os frigoríficos recuaram nas compras e o varejo também, sem saber o que pode abrir ou não", explicou.
Em Minas Gerais, que também negocia os animais no mercado independente às quintas-feiras, o valor passou de R$ 5/kg para R$ 5,10. AlvimarJalles, consultor de mercado da Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (ASEMG), explica que as exportações de carne suína estão em recorde, com negócios operando com firmeza dentro do Estado.
"Os preços em outros Estados têm se aproximado do valor praticado em Minas Gerais, mercado reagindo ao apoio financeiro do Governo Federal, e a nossa plataforma de dados aponta para a queda na idade e no peso dos animais vendidos", disse.
A alta no preço em Santa Catarina, negociado nesta quinta-feira (21), foi de R$ 0,03, chegando a R$ 4,48/kg. Para Losivanio de Lorenzi, presidente da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), apesar de ter subido um pouco, a procura de suínos continua forte.
"Tivemos frigoríficos de Minas Gerais e Rio de Janeiro procurando animais aqui, mas não fizeram a negociação porque o preço final não batia com o que eles pediram. Acredito que na primeira semana se junho deva haver aumento nos preços".
No Mato Grosso o aumento no preço foi semelhante, de R$ 0,04, atingindo R$ 3,60/kg, conforme explica Itamar Canossa, presidente da Associação de Criadores de Suínos de Mato Grosso (Acrismat).
"O que mais influencia é que os compradores estão tentando segurar um pouco a compra para testar o mercado, se realmente essa retomada tem vigor para continuar, e toda segunda quinzena a compra de carne pelo consumidor final cai, isso é natural", afirmou.
Valdecir Folador, presidente da Associação de Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul (Acsurs), conta que o preço do quilo do suíno independente no Rio Grande do Sul passou de R$ 4,12 para R$ 4,26. Para ele, o mercado continua firme, demandado por produção, então a tendência é que ele continue nesse ritmo.
"Temos mercado interno que foi bem até agora no mês, as exportações indo bem, e se aproximando do segundo semestre, o volume de exportações deve aumentar".