Pintos de corte: produção real de março foi a menor em quatro meses
Levantamento mensal da APINCO aponta que em março passado foram produzidos no Brasil pouco mais de 543 milhões de pintos de corte, volume 5,29% superior ao registrado um ano antes, em março de 2019.
Comparativamente ao mês anterior, fevereiro de 2020, também houve aumento, próximo de 1,7%. Porém, é preciso considerar que março é mês mais longo. Assim, a produção real do terceiro mês do ano, calculada pela média diária, foi quase 5% menor que a do mês anterior. Sob esse critério, aliás, correspondeu ao menor volume dos últimos quatro meses.
A propósito dessa redução cabe perguntar se ela já reflete os desdobramentos desencadeados pela Covid-19. E a resposta, neste caso, parece ser não. Porque, considerado o período de incubação de 21 dias, cerca de dois terços da produção do mês começaram a ser incubados no decorrer de fevereiro, quando o problema ainda não havia sido classificado como “pandemia”.
Isso considerado, as reduções efetivas devem ocorrer no bimestre abril-maio. E, nestes casos, já se pode contar com volume inferior ao dos mesmos meses do ano passado, ocorrência que foi registrada pela última vez em fevereiro de 2019. Ou seja: desde então a produção mensal de pintos de corte tem sido superior à do mesmo mês do ano anterior.
Mas, voltando ao volume produzido em 2020, o primeiro trimestre do ano foi encerrado com um crescimento nominal de 4,63% e real de 3,48% - porque o ano é bissexto, tem um dia a mais.
Em valores anualizados, o total acumulado supera os 6,5 bilhões de cabeças e apresenta incremento de 7,35% sobre idêntico período anterior.
Esse é, também, o maior volume anualizado observado desde agosto de 2016. Ou seja: continua aquém do total anualizado entre fevereiro e agosto de 2016 e, portanto, abaixo também do maior volume já registrado em um período de 12 meses: 6,627 milhões de pintos de corte registrados em maio de 2016.