Volume inspecionado de carne de frango aumenta quase 25% na presente década
De acordo com os dados preliminares divulgados na última terça-feira (12) pelo IBGE, no terceiro trimestre de 2019 foram abatidas em estabelecimentos sob inspeção (federal, estadual ou municipal) cerca de 1,470 bilhão de cabeças de frango que, por sua vez, resultaram na produção de pouco mais de 3,450 milhões de toneladas de carne.
O volume abatido significou aumento de 3% tanto sobre o trimestre anterior (1,424 bilhão de cabeças no 2º trimestre de 2019) quanto sobre o mesmo trimestre do ano passado (1,426 bilhão de cabeças no 3º trimestre de 2018).
Já a carne produzida correspondeu a aumento de 3,22% sobre o trimestre anterior (3,344 milhões de toneladas no 2º trimestre de 2019), mas a apenas 2,15% de aumento sobre o mesmo trimestre de 2018 (3,379 milhões de toneladas entre julho e setembro do ano passado).
Neste caso, o menor índice de aumento na produção de carne tem justificativa. É que, um ano atrás, no mesmo trimestre, o setor ainda enfrentava os efeitos da greve dos caminhoneiros – que retardou a saída de frangos das granjas e implicou em aumento de peso do plantel em criação.
No gráfico abaixo, a evolução trimestral do abate de frangos e da produção de carne em estabelecimentos inspecionados desde o trimestre inicial da presente década. O que se constata é que, mesmo não representando recorde (este ocorreu no 4º trimestre de 2015, ocasião em que o volume abatido superou o bilhão e meio de cabeças), os abates mais recentes foram 12,5% superiores aos do primeiro trimestre de 2011.
Mas a carne de frango decorrente desses abates apresenta um índice de expansão bem superior – de quase 25%. O que fez com que, no trimestre passado, se chegasse ao terceiro maior volume já produzido pelo setor, ou seja, apenas 0,2% e 0,3% a menos que os dois maiores volumes anteriores – 3,458 milhões/t no 3º trimestre de 2017 e 3,462 milhões/t no 1º trimestre de 2018.
Tal resultado, obviamente, é reflexo direto do aumento da produtividade dos frangos em criação. Cujo peso médio, entre o trimestre inicial de 2011 e o 3º trimestre de 2019, aumentou perto de 10,5%. Ou seja: da ordem de 2,125 kg/cabeça no início desta década, agora se encontra em 2,347 kg – incremento médio de mais de 1% ao ano.